Temer altera a agenda e cancela compromissos

Após o encontro que teve com o coordenador da bancada do Acre, senador Sérgio Petecão (PSD), os demais compromissos foram cancelados

Postado em: 18-05-2017 às 11h30
Por: Toni Nascimento
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Após o encontro que teve com o coordenador da bancada do Acre, senador Sérgio Petecão (PSD), os demais compromissos foram cancelados

A agenda do presidente Michel Temer foi alterada no meio da
manhã de hoje (18).

A agenda inicial previa reuniões com parlamentares do PSDB,
PMDB, PP, DEM, PTB, PSD e PSB.

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Após o encontro que teve com o coordenador da bancada do
Acre, senador Sérgio Petecão (PSD), os demais compromissos foram cancelados,
por volta das 10h.

De acordo com o Palácio do Planalto, o presidente terá hoje
despachos internos.

Na saída da reunião com Michel Temer, Petecão disse que o
presidente estava tranquilo durante o encontro, e que falou muito em
“conspiração”. “Essa foi a palavra que ele mais usou”, disse o senador. Segundo
ele, Temer deverá fazer ainda hoje um pronunciamento ao país.

“Ele falou várias vezes: ‘não vou cair, vou ficar firme,
estou firme’. Pediu as fitas, os áudios, falou também que vai fazer
pronunciamento em rede nacional. Falou que vai ver os vídeos e os áudios.
Acredita que é uma conspiração. Nesse momento que o governo começa a dar
sinais. Esse fato [as denúncias] prejudica o país. Todo mundo está preocupado”,
acrescentou o senador.

No início da noite de ontem (17), o jornal O Globo publicou
reportagem, segundo a qual, em encontro gravado em aúdio, em março deste ano,
pelo empresário Joesley Batista, do grupo JBS, Temer teria sugerido que se
mantivesse pagamento de mesada ao ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha, e ao
doleiro Lúcio Funaro para que estes ficassem em silêncio. Batista, conforme a
reportagem, firmou delação premiada com o Ministério Público Federal e entregou
gravações sobre as denúncias.

Em nota, a Presidência da República informou que o
presidente Michel Temer “jamais solicitou pagamentos para obter o silêncio
do ex-deputado Eduardo Cunha”, que está preso em Curitiba, na Operação
Lava Jato. A nota diz ainda que o presidente “não participou e nem
autorizou qualquer movimento com o objetivo de evitar delação ou colaboração
com a Justiça pelo ex-parlamentar”.

Segundo a Presidência, o encontro com o dono do grupo JBS
foi no começo de março, no Palácio do Jaburu. “Não houve, no diálogo, nada
que comprometesse a conduta do presidente da República”.

(Agência Brasil) 

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