“Brasil não pode parar”, dizem Padilha e Moreira Franco em redes sociais

"O Brasil e os brasileiros não querem e não vão parar. O Brasil não vai parar”, disse o ministro

Postado em: 18-05-2017 às 11h00
Por: Toni Nascimento
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"O Brasil e os brasileiros não querem e não vão parar. O Brasil não vai parar”, disse o ministro

O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, divulgou na
madrugada de hoje (18) um vídeo no qual diz que o país está avançando e não
pode parar em função de denúncias feitas por meio de delação premiada.
“Nós do governo temos de governar. O Brasil e os brasileiros não querem e
não vão parar. O Brasil não vai parar”, disse o ministro.

O ministro lembrou os dados positivos da economia,
divulgados recentemente. “Essa semana, a cada dia tínhamos uma manchete
altamente positiva para o Brasil: era o PIB que crescia, o juro que caía, a
inflação que caía, a geração de emprego”, disse Padilha, que completou:
“Surge no entanto mais uma delação premiada e essa delação traz fatos que têm
sim de ser investigados e explicados. Mas não se tem ninguém condenado
antecipadamente. Temos de ver o que efetivamente foi dito. O Poder Judiciário
se encarrega das delações”.

O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Moreira
Franco, também divulgou mensagem na madrugada de hoje por meio de sua conta no
Twitter na qual pede que o país tenha “muita serenidade” e que faça um “esforço
de se manter unido”. “É fundamental que tenhamos muita serenidade e que façamos
esforço de nos manter unido com um único objetivo: o Brasil não pode parar, e
para que possamos retomar o crescimento e a geração de emprego e de renda”,
disse Moreira Franco após comentar que o país foi surpreendido com as delações
de ontem (17).

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No início da noite de ontem (17), o jornal O Globo publicou
reportagem, segundo a qual, em encontro gravado em áudio, pelo dono do
grupo  JBS, o empresário Joesley Batista,
Temer teria sugerido que se mantivesse o pagamento de uma mesada ao ex-presidente
da Câmara, Eduardo Cunha, e ao doleiro Lúcio Funaro para que esses ficassem em
silêncio. Conforme a reportagem, Batista firmou delação premiada com o
Ministério Público Federal (MPF) e entregou gravações sobre as denúncias.
Segundo o jornal, ainda não há confirmação de que a delação do empresário tenha
sido homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Segundo Eliseu Padilha, delações premiadas como as que
denunciam o presidente Michel Temer, não representam, a priori, uma condenação.
Padilha reiterou que denúncias como essas devem ser investigadas.

Em nota, divulgada ontem, a Presidência da República
informou que o presidente “jamais solicitou pagamentos para obter o
silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha”

Aécio Neves

De acordo com a reportagem de ontem de O Globo, na gravação
de delação, o dono do grupo JBS, Joesley Batista, também teria dito que senador
Aécio Neves pediu a ele R$ 2 milhões. De acordo com a gravação, o dinheiro foi
entregue a um primo de Aécio. A reportagem diz ainda que a entrega foi
registrada em vídeo pela Polícia Federal. A PF rastreou o caminho do dinheiro e
descobriu que o montante foi depositado em uma empresa do senador Zezé
Perrella.

Hoje pela manhã, a Polícia Federal fez operações em
endereços ligados ao senador Aécio Neves no Rio de Janeiro, em Belo Horizonte e
em Brasília.

(Agência Brasil) 

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