Zé Eliton critica sectarismo na política

Vice-governador diz que transformações sociais só se concretizam com pluralismo, convergência e compreensão de necessidades

Postado em: 25-09-2017 às 08h15
Por: Kamilla Lemes
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Vice-governador diz que transformações sociais só se concretizam com pluralismo, convergência e compreensão de necessidades

“Não se faz política transformadora com
sectarismo.” A afirmação é do vice-governador Zé Eliton (PSDB), que fez, na
semana passada, uma análise das perspectivas para a sucessão de 2018. Para ele,
“é preciso que se tenha capacidade de ouvir a todos, de convergir, de
compreender e construir um cenário em que o estado, a União, os municípios
possam efetivamente avançar em políticas modernas para atender à população”.

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Zé Eliton acredita que a renovação é
intrínseca na forma de pensar, agir e implantar políticas públicas. “Quando a
gente vê um senador da República chamando outro para brigar lá fora, me parece
que esse é um comportamento que não cabe nos dias atuais; é preciso respeitar,
inclusive, aqueles que pensam diferente”, sublinha.

O vice-governador declarou que, ao se referir
à ausência de renovação nos pré-candidatos apresentados por partidos da
oposição ao governo, “além das características individuais de cada um, é muito
mais na compreensão de mundo”. Segundo o vice-governador, “é na divergência, na
construção de ideias, de teses e antíteses, que se formula uma sentença”. Zé
Eliton frisa que a inovação é um dos pilares do projeto de gestão que a base
aliada apresentará à sociedade no próximo ano.

Conforme Eliton, o governador Marconi Perillo
(PSDB) e ele sempre mantiveram uma postura de inovar práticas públicas.
“Marconi exerce a chefia do Executivo estadual, tem longa experiência ao
empreender o quarto mandato, mas suas práticas são novas e modernas”, observa.

“O que eu defendo é que nós possamos construir
um projeto de governo que atenda aos anseios da população e que seja modelo,
que represente a modernidade, a inserção de Goiás na economia do conhecimento,
do saber, com investimentos em tecnologia, em inovação”, analisa Zé Eliton.

Goiás na Frente

O vice-governador Zé Eliton também rebateu as
contestações feitas por parlamentares oposicionistas ao programa de
investimentos Goiás na Frente, garantindo que todos os recursos estão em caixa
e que mais de 100 prefeitos já receberam as primeiras parcelas para a
realização de obras de infraestrutura nos municípios. “As críticas são um
delírio”, disse. “A oposição vai continuar criticando, e nós vamos continuar
compensando os cheques e realizando as obras”, atesta.

“Já inauguramos, inclusive, obras de
pavimentação asfáltica e recapeamento em Gameleira de Goiás, feitas totalmente
com recursos do Goiás na Frente e há outras em andamento em todo o estado,
inclusive hospitais, rodovias e presídios”, lembra Zé Eliton.

De acordo com o vice-governador, o programa
envolve recursos de três esforços específicos. O primeiro deles, o ajuste
fiscal feito entre 2014 e 2015, com redução da máquina administrativa e
economia nas contas do governo. “Com isso formamos uma poupança que agora
viabiliza investimentos”, acrescenta. Depois, diz Zé Eliton, o governo pôde
alienar ativos provenientes da venda da Celg. “Além disso, o governo realizou
operações de crédito, a última delas, de R$ 600 milhões, com a Caixa
Econômica”, disse.

Entre as principais obras em andamento nas
várias regiões do estado, o vice-governador e coordenador do programa Goiás na
Frente destacou o Hospital de Uruaçu, duplicação, pavimentação e reconstrução
de grandes eixos rodoviários, construção de cinco unidades prisionais, duas
delas já praticamente concluídas, e vários Institutos Tecnológicos (Itegos).

Segurança pública

Mais uma vez, Zé Eliton falou da necessidade
de se tratar a segurança pública de forma mais aprofundada e não apenas com
críticas superficiais. Conforme observou, o governo do estado tem investido no
aumento e na valorização do efetivo, inclusive convocando recentemente 2,5 mil
policiais militares. “Mas a questão é muito mais complexa e envolve
investimentos em inteligência, em tecnologia”, frisou.

O vice-governador observou que, há 18 meses
consecutivos, o estado tem registrado redução nos indicadores de criminalidade,
apesar de que ainda preocupam manchas criminais principalmente na Região
Metropolitana da capital e no entorno do Distrito Federal. “Mas nos demais
municípios, a situação é tranquila, houve redução de explosões de caixas
eletrônicos”, afirma.

Segundo Zé Eliton, “a polícia faz o seu
trabalho, excepcional; as forças policiais atuam com muita dignidade, temos um
índice de resolutividade da ordem de 85%, e temos ações importantes”. Mas para
o vice-governador, isso não basta. Ele cita o exemplo da prisão de 14
integrantes de uma quadrilha suspeita de 50 homicídios, em meados do ano
passado, com 400 quilos de maconha, em Aparecida de Goiânia. “No dia seguinte,
a metade foi liberada na audiência de custódia, e os outros, um mês depois,
estavam soltos e praticando crimes”, declarou, para justificar a necessidade de
endurecimento nas leis.

“Depois vem o deputado, o senador criticar;
jogar para a plateia é fácil, mas mudar a legislação, nada fazem neste
sentido”, argumentou. Para Zé Eliton, quem comete um crime o faz por ato de
vontade, “tem que ser preso e ficar preso, não colocar tornozeleira e voltar
para a rua”.

Zé Eliton tem afirmado, de forma incisiva, que
aqueles que criticam deviam fazer a sua parte, melhorando a legislação para que
tenha fim a sensação de impunidade, que é um estímulo à continuidade da prática
criminosa não só no estado, mas em todo o país.

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