Marconi cobra meta para FCO

Governador quer que recursos do Fundo Constitucional do Centro-Oeste cheguem a R$ 4 bilhões este ano, valor que supera em R$ 900 milhões o registrado em 2017

Postado em: 24-02-2018 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Governador quer que recursos do Fundo Constitucional do Centro-Oeste cheguem a R$ 4 bilhões este ano, valor que supera em R$ 900 milhões o registrado em 2017

Venceslau Pimentel*


O governador Marconi Perillo (PSDB) cobrou ontem empenho da Secretaria de Desenvolvimento (SED), do Conselho de Desenvolvimento do Estado CDE), do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO) e do Banco do Brasil para que a meta deste ano seja de R$ 4 bilhões. O valor é superior em R$ 900 milhões ao registrado em 2017, que alcançou R$ 3,1 bilhões em linhas de crédito para o setor produtivo do Estado.

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Pelas projeções anunciadas ontem pelo secretário de Desenvolvimento, Francisco Pontes, durante a apresentação do desempenho do FCO em 2017, o volume de linhas de crédito deve ficar R$ 400 milhões a menos que a do ano passado, atingindo R$ 2,7 bilhões.

“Queria conclamar tanto aos conselheiros, ao secretário de Desenvolvimento e o Banco do Brasil, que foi fundamental para esse nosso bom desempenho, mas abaixo de R$ 2,7 bilhões são pífios para o tamanho da demanda e da importância de Goiás”, ponderou o governador durante a apresentação dos dados no Palácio das Esmeraldas. “Acho que trabalhar essa meta de R$ 4 bilhões é o mínimo, e eu queria conclamar forças nesse sentido”.

Marconi destacou o desempenho de 2017 como excepcional, depois de três anos consecutivo sem registrar grande evolução nas operações de linhas de crédito, superando uma meta que ele disse ousada. Disse que o financiamento atendeu às regiões nordeste e oeste do Estado, principais alvos das ações governistas. “Fizemos operações aquém do que precisamos fazer, mas evoluímos muito”, reconheceu.

Apesar de Goiás registrar o maior volume de liberação de financiamentos do Centro-Oeste, Marconi ressaltou que o Estado pode melhorar o seu desempenho. “Acho, sinceramente, que é injusto colocar Goiás com a mesma meta de Mato Groso, apesar de aquele estado ser maior geograficamente. Nós temos o dobro da população do Mato Grosso e uma economia muito mais diversificada. Não sei quem elaborou esse programa de metas, mas o fato é que fomos muito mais adiante”, frisou.

Francisco Ponte reconheceu que a projeção para este ano é muito tímida em relação ao desempenho em 2017. “Mas a nossa meta é de R$ 4 bilhões este ano”, disse em entrevista. Para atingi-la, disse que a estratégia é divulgar cada vez mais o FCO e “levá-lo as regiões menos esclarecidas do programa, mostrando a importância dele como ferramenta para alavancar para o setor, principalmente o produtivo e industrial, que foram os que menos tomaram dinheiro do FCO em 2017. “Não existe desenvolvimento econômico sem aporte financeiro, sem recursos. Esse recurso do FCO é importantíssimo para o desenvolvimento econômico das nossas empresas do agronegócio e para o desenvolvimento econômico e social do nosso estado”.

Em 2017, o Mato Grosso aplicou R$ 2,9 bilhões em de projetos provenientes do FCO.Já o Mato Grosso do Sul registrou R$ 2,25 bilhões, atingindo 97,8% da meta de recursos disponíveis para o estado. Enquanto isso, Goiás aumentou as contratações em 87,46%, de acordo com secretário executivo do Conselho de Desenvolvimento do Estado (CDE/FCO), Breno Celso de Moura Barbosa, chegando ao aos 246 municípios goianos. 


Governador quer Goiás à frente dos outros estados 

Para Marconi Perillo, “nos colocar no mesmo patamar de estados do Centro-Oeste, que são do ponto de vista econômico muito inferiores, é, no mínimo, desmerecer a importância do nosso estado”. “Nesse aspecto caberá a nós trabalharmos para que as metas sejam superadas e que a gente consiga um desempenho muito superior ao que está previsto”. 

Marconi disse confiar no Banco do Brasil, que destacou como o maior parceiro que o estado teve nessas últimas décadas. “E continua sendo o nosso parceiro mais estratégico, especialmente no agronegócio, mas também na industrialização. Acho que temos de ser mais agressivos em relação ao turismo em Goiás, que tem muito a oferecer nesse setor”.

Superintendente do Banco do Brasil, Marcos Sanches destacou que a meta de contratações de empréstimos para 2017 foi superior aos anos anteriores, por conta de uma série de fatores em construção, entre a parceira com o governo do estado e demais entidades. “Isso, para que a gente pudesse multiplicar, de fato, a quantidade de operações e elevar o volume a emprestar”, ponderou.

“Aí buscamos estratégias. Fomos a todas as regiões do estado, fazendo reuniões com empresários e produtores, demonstrando as finalidades das linhas de créditos e condições, e afirmando para eles que todas as propostas seriam analisadas com toda atenção dentro do Banco do Brasil. Acho que esse foi o grande fator do sucesso”, pontuou. 


“Zé Eliton está pronto para assumir” 

O governador Marconi Perillo disse ontem em Caldas Novas, durante a entrega de 768 apartamentos construídos com recursos do Goiás na Frente, em parceria com a Caixa e a prefeitura, que o vice-governador Zé Eliton tem todas as qualidades para assumir e dar continuidade às ações em desenvolvimento no Estado. “O Zé Eliton já deu provas mais que suficientes de que é um gestor sério, competente, que conhece os problemas do Estado como ninguém, e também as soluções, gabaritado para assumir o governo de Goiás”, declarou.

Zé Eliton é o coordenador do Goiás na Frente, programa de obras que tem alavancado todos os setores da economia goiana com obras de infraestrutura, nas áreas da educação, segurança, saúde e tecnologia. “Nós estamos numa agenda de inaugurações todos os dias, até 31 de junho”, destacou Zé Eliton.

Ao entregar os 768 apartamentos, o vice-governador disse seu principal compromisso é dar continuidade ao que “Marconi plantou com a semente do amanhã, de transformar sonhos em realidade”.Zé Eliton frisou que, ao lado do governador, vai “continuar construído um estado voltado para as pessoas. Esse é o meu trabalho. Esse é o meu sonho”.


Investimento

O Residencial Itanhangá II de Caldas Novas, condomínio de 768 apartamentos, entregue ontem, tem 64 blocos de três pavimentos, com apartamentos de 43 metros quadrados. O investimento total do empreendimento é de R$ 55 milhões, sendo R$ 11,5 milhões do Estado, por meio do Cheque Mais Moradia, e R$ 43,5 milhões do Fundo de Arrendamento Residencial (FAR), da Caixa, e a participação da prefeitura com a cessão do terreno e realização da infraestrutura. “Sem o apoio do governo esse sonho não teria se tornado realidade”, disse Eliton. 

Evandro Magal (PP), prefeito de Caldas Novas, agradeceu a Marconi e Zé Eliton “por virem mais uma vez a Caldas Novas; e o melhor, sempre de mãos cheias para beneficiar a nossa gente. Eu agradeço, também, em primeiro lugar, a Deus, que tem nos abençoado”. E anunciou que Marconi já liberou o Cheque Moradia Comunitário “para construirmos uma creche em frente ao Residencial Itanhangá para atendermos as mães que precisam trabalhar”.

O Itanhangá II é o maior empreendimento de interesse social de Caldas Novas e um dos maiores do Estado. “Marconi Perillo é o governador da habitação, governador que trabalha com os olhos voltados para todos os goianos”, salientou Zé Eliton. 

Marconi Perillo fecha o mês de fevereiro com a entrega de mais de 2,3 mil moradias do programa Goiás na Frente, distribuídas em sete municípios 

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