Vitti prevê eleições acirradas ao Palácio dias após campanha

O presidente da Assembleia, José Vitti, fez projeções para campanha eleitoral que se inicia nesta quinta-feira

Postado em: 15-08-2018 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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O presidente da Assembleia, José Vitti, fez projeções para campanha eleitoral que se inicia nesta quinta-feira

Ao comentar as pesquisas de intenção de voto, Vitti ressaltou a quantidade de indecisos

Rafael Oliveira

Em entrevista coletiva, o presidente da Assembleia Legislativa, José Vitti (PSDB), avaliou o clima político dias antes do início de campanha. “Será uma eleição extremamente diferente das demais, primeiro porque será mais curta. Nós temos dois desafios: fazer com que o eleitor saia de casa para ir às urnas e convencê-lo a depositar o voto em alguém que seja de sua confiança” defendeu.

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Vitti disse ser necessário também que a população acredite no processo eleitoral como um meio de transformação política e econômica do Estado e do País e acrescentou acreditar que a campanha em Goiás vai ser bastante acirrada, especialmente para os cargos majoritários. “Temos bons nomes para o Senado e para o Governo. A eleição vai começar agora e deve ser acirrada, mas temos o que mostrar”, disse.

A campanha para as eleições de outubro aos cargos de presidente, governador, senador e deputados federal e estadual começa na próxima quinta-feira, 16, em todo o país, conforme o calendário da Justiça Eleitoral. O período de 50 dias de mobilização de rua, por meio de reuniões públicas, caminhadas, carreatas e comícios deve provocar mudanças no interesse do eleitor pelo processo de escolha dos representantes a ocupar os principais cargos públicos dos Poderes Executivo e Legislativo nacional e estadual.

Pesquisas

Sobre pesquisas de intenções de votos, divulgadas até agora, José Vitti lembrou que existe uma enorme quantidade de eleitores indecisos, entre 60% e 70%, e que o quadro mostra tendência de mudança ao longo da campanha que começa está semana. “Nós não podemos menosprezar as pesquisas, mas se você tem num universo de 100%, apenas 30%, 40%, que estão pendendo a algum lado, obviamente existe um espaço muito grande para o crescimento de qualquer candidato. Você tem 60% ou mais de campo para trabalhar. Não podemos deixar de observar as pesquisas, no entanto, é preciso buscar aqueles eleitores que não decidiram em quem votar e que não estão envolvidos no processo eleitoral”, arrematou.

Ao avaliar esse cenário sobre as pesquisas eleitorais, Vitti destacou que só será possível dimensionar o interesse do eleitor em votar nesse ou naquele candidato a partir da próxima quinta-feira, quando a população começa a perceber a movimentação nas ruas e as propostas de cada postulante aos cargos eletivos.

CCJ derruba veto à data-base

A Comissão de Constituição, Justiça e Redação apreciou um pacote de projetos de lei parlamentares e vetos da governadoria. O destaque ficou com a derrubada do veto integral ao reajuste no salário dos servidores efetivos da Assembleia Legislativa (Alego). A proposta vetada prevê aumento de 2,07% nas remunerações e subsídios de ativos, inativos e pensionistas, e leva em consideração a última data-base estabelecida para a categoria, em maio de 2018.

Caso o veto, protocolado com nº 3359/18, seja rejeitado também pelo Plenário, e posteriormente sancionado, as despesas decorrentes da aplicação da nova legislação correrão à conta de orçamento próprio do Poder Legislativo.

Segundo o Governador, a proposta fere dispositivos inscritos no Novo Regime Fiscal do Estado, instituído mediante a promulgação da Emenda Constitucional 54/17. Ela congela por 10 anos todos os gastos do Poder Público Estadual, incluindo nisso as suas despesas com pagamento de pessoal. A legislação permanecerá em vigor até 31 de dezembro de 2026.

Embora tenha afirmado considerar justa a proposta, José Eliton informou ser impossível sancioná-la, devido aos impedimentos impostos pelo novo ordenamento fiscal vigente. Ele lembra que, durante todo o período de vigência da atual legislação, “a despesa corrente, em cada exercício, não poderá exceder o respectivo montante daquela realizada no exercício imediatamente anterior”. A regra é válida para qualquer um dos três Poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário. (* Especial para O Hoje)  

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