Assembleia Legislativa investiga possível ataque em rede social

Alego teve seu perfil em uma rede social utilizado para dar publicidade a Jair Bolsonaro

Postado em: 19-09-2018 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Alego teve seu perfil em uma rede social utilizado para dar publicidade a Jair Bolsonaro

Venceslau Pimentel*

A Assembleia Legislativa investiga um suposto ataque em sua conta oficial do Twitter. Nesta terça-feira, foram republicados posts de apoio ao candidato à Presidência da República, Jair Bolsonaro. A ação dos hackers teria ocorrido, simultaneamente, nas páginas da prefeitura de Itumbiara (GO) e de San José, na Argentina. 

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A Casa divulgou nota, na mesma rede social, esclarecendo que os tweets em apoio a um dos presidenciáveis não partiram da equipe de comunicação da Assembleia. “Nossa conta do Twitter foi invadida e as medidas de segurança já foram tomadas. A Alego reforça seu compromisso com os preceitos democráticos e a legislação eleitoral”. Um dos tweets diz o presidenciável teria 61% de chance de vencer a disputa; outra postagem pontua que ganharia no primeiro turno.

Tão logo que percebeu a ação, a Assembleia esclareceu que a equipe de Comunicação da Casa, responsável pela página, apagou os twetts e alertou sobre a invasão.

O presidente da Casa, José Vitti (PSDB), disse que já orientou a equipe da secretaria de Tecnologia da Informação a checar todas as medidas de segurança e tomar as providências cabíveis. “Lamentável esse ocorrido, mas estamos avaliando essa invasão e esclarecendo com a máxima rapidez que esse ato não partiu da nossa equipe”, disse.

Ocorrências

Episódio recente, de ataque cibernético, foi noticiado pela mídia, contra o site oficial da prefeitura de Bom Jesus dos Perdões (SP), com mensagens contra o presidente Michel Temer (MDB) e aliados.

O site do Goiás Esporte Clube também sofreu ataque cibernético, em maio deste ano, com mensagens provocativas, e foi retirado do ar pelo clube.

O portal da Polícia Civil de Goiás foi invadido por hackers, e imediatamente foi retirado do ar. O mesmo aconteceu com o portal da Polícia Civil de Pernambuco foi atacado por hackers, com mensagem de que esse tipo de ação seria continuada. A corporação informou à época, no início do ano, que dados estratégicos não tinha sido extraído do portal e que iria investigar o ataque virtual.

Vitti considera revogar Lei sobre emplacamento  

Da tribuna, na tarde de ontem, o presidente da Asembleia Legislativa de Goiás, José Vitti, disse não descartar pedido de revogação da lei nº 18.983, de 27 de agosto de 2015, que autoriza a confecção e emplacamento de veículos automotores no Estado de Goiás, por meio de concessão, via licitação pública, por parte de empresa terceirizada. 

Vitti defendeu baixar um Decreto Legislativo, pela Mesa Diretora, em consonância com os demais parlamentares, para suspender os efeitos do dispositivo legal com o objetivo de impedir a adoção por parte do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-GO).

Segundo José Vitti, a medida é uma das estratégias do Poder Legislativo para tentar impedir que o Detran leve adiante a iniciativa de lançar edital para escolha de empresas que vão fabricar e estampar placas veiculares em Goiás conforme o modelo Mercosul.

Pela Resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), Goiás, assim como os demais Estados do País, tem até 1º de dezembro para realizar a mudança. Mas o presidente da Assembleia questiona a implantação da mudança que vai onerar o contribuinte em mais de R$ 190 por cada substituição de placa veicular. “A celeridade que estão adotando para se implantar uma licitação, onde nenhum Estado adotou, nos chama a atenção. Por isso entendemos que devemos rever isso. Se não for esse o entendimento devemos, por meio de Decreto Legislativo, revogar aquilo que foi aprovado na Casa”, disse. 

Especial para O Hoje 

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