Bolsonaro quer votar reforma da Previdência no primeiro semestre

Prioridade do futuro presidente é estabelecer idade mínima

Postado em: 05-12-2018 às 18h03
Por: Lucas Cássion de Moraes
Imagem Ilustrando a Notícia: Bolsonaro quer votar reforma da Previdência no primeiro semestre
Prioridade do futuro presidente é estabelecer idade mínima

(José Cruz/Agência Brasil)

O presidente eleito, Jair Bolsonaro, disse nesta quarta-feira
(5/12) que está confiante em que a
reforma da Previdência começará a ser votada no primeiro semestre de 2019.
Segundo ele, há a possibilidade de aproveitar parte da proposta encaminhada
pelo presidente Michel Temer. A prioridade, de acordo com Bolsonaro, é fixar
idade mínima.

“Não adianta apresentarmos uma boa proposta e ela acabar
ficando [parada] na Câmara ou no Senado. Este seria o pior dos quadros
possíveis. Nosso grande problema, o que mais interessa no primeiro momento, é a
idade mínima. Vamos começar com essa ideia e, depois, apresentar outras
propostas”, disse Bolsonaro, indicando que pode se reunir com o relator da
proposta, o deputado federal reeleito Arthur Maia (DEM) a fim de convencê-lo de
propor a votação da idade mínima.

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“A proposta [de Temer] está aí, andando. Conversando com o
relator, se pode mover apenas a idade mínima e votá-la logo, sem esperar por
todo o trâmite de uma nova proposta via emenda constitucional”, disse o
presidente eleito, que foi condecorado com a Medalha do Pacificador com Palma,
entregue pelo comandante da força, general Eduardo Villas Boas, no Quartel
General da força, em Brasília.

O futuro presidente disse ainda que, se pudesse, aprovaria
novas regras para a Previdência já no dia 1º de fevereiro, quando começa a nova
legislatura. “Mas temos que respeitar o calendário de tramitação de
proposições. Pretendemos, logicamente, aprovar a Reforma da Previdência porque,
se não a fizermos, daqui a pouco estaremos na mesma situação que a Grécia
esteve há pouco tempo”.

Bolsonaro também revelou que convidará os líderes
partidários para discutir a proposta antes de enviá-la à Câmara. Ele reiterou
que “não pretende fazer política da forma como era feito antes”. “Posso não
saber a fórmula do sucesso, mas a do fracasso é continuarmos fazendo a política
de coalizão, de repartir o Poder Executivo com o Parlamento, ao qual
respeitamos muito”.

Ontem (4) Bolsonaro já havia dito que pretende apresentar ao
Congresso uma proposta fatida e que a definição de uma idade mínima
para aposentadoria será prioridade.

Reforma tributária

Bolsonaro afirmou também que a reforma tributária em
discussão no Congresso Nacional deve ser discutida com Paulo Guedes, confirmado
para o Ministério da Economia. Questionado sobre os avanços e perspectivas, ele
disse que a pergunta deveria ser feita a Gudes.

“Esta é uma boa pergunta para fazer ao Paulo Guedes. Porque
é bastante complexo. Para entender o emaranhado da nossa legislação
[tributária] é preciso ser PHD em Economia”, brincou o presidente eleito antes
de voltar a defender a necessidade de flexibilizar as leis trabalhistas.

“Quero mudar o que for possível [na legislação
trabalhista]. Temos direitos demais e empregos de menos. Precisamos chegar a um
equilíbrio e a reforma aprovada há pouco tempo já deu uma certa tranquilidade
para os empregadores”, concluiu o presidente eleito. (Agência Brasil)

 

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