Comandante defende exclusão de militares da reforma da Previdência

A equipe econômica está fechando a proposta de reforma da Previdência que será submetida ao presidente Jair Bolsonaro

Postado em: 11-01-2019 às 15h45
Por: Lucas Cássion de Moraes
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A equipe econômica está fechando a proposta de reforma da Previdência que será submetida ao presidente Jair Bolsonaro

(Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

O novo comandante do Exército, general Edson Leal Pujol,
defendeu nesta sexta-feira (11) que o sistema previdenciário das
Forças Armadas não deva ser modificado na reforma da Previdência. “A
intenção minha, como comandante do Exército, se me perguntarem, nós não devemos
modificar o nosso sistema”, disse a jornalistas, após assumir o cargo, no Clube
do Exército de Brasília.

A equipe econômica está fechando a proposta de reforma da
Previdência que será submetida ao presidente Jair Bolsonaro, para posterior
encaminhamento ao Congresso.

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Constituição

O general lembrou que as Forças Armadas não fazem parte
do sistema de Previdência Social. “Isso está na Constituição. Há uma
separação”, argumentou.

Pujol destacou, no entanto, que os militares são
disciplinados e estão prontos a colaborar com a sociedade. “Obedecemos às leis
e à Constituição. Se houver uma decisão do Estado brasileiro de mudanças,
iremos cumprir”, acrescentou.

Segundo o comandante, as Forças Armadas vão colaborar com o
esforço para equilibrar as contas públicas. “Os militares sempre tiveram
participação no esforço da nação. Inclusive, quase 20 anos atrás, nós fomos os
únicos que nos modificamos em prol disso aí. Os outros setores da sociedade não
se modificaram. Havia uma intenção, mas fomos os únicos a nos modificarmos e
fazer o sacrifício. Estamos sempre prontos a colaborar com a sociedade”,
afirmou.

Marinha

O comandante da Marinha, Ilques Barbosa Junior,
disse na última quarta-feira (9), depois de assumir o cargo,
que a discussão sobre a idade mínima de aposentadoria para
militares precisa ser analisada com cuidado. Para o almirante de esquadra,
profissionais que atuam na defesa do país têm exigências próprias. Ele
também afirmou que a Marinha seguirá a orientação do ministro da Defesa,
Fernando Azevedo e Silva, que está tratando da situação militar na reforma da
Previdência. 

Na cerimônia de transmissão de cargo do Comando da
Marinha, o ministro da Defesa ressaltou que a reforma da
Previdência deve avaliar regras diferenciadas para militares. (Agência
Brasil)

 

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