Vitti: “Governo não terá tanta facilidade quanto teve ao assumir”

Presidente da Casa avalia que os atuais deputados já não têm a mesma benevolência que tiveram quando aprovaram a reinstituição dos incentivos fiscais

Postado em: 22-01-2019 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
Imagem Ilustrando a Notícia: Vitti: “Governo não terá tanta facilidade quanto teve ao assumir”
Presidente da Casa avalia que os atuais deputados já não têm a mesma benevolência que tiveram quando aprovaram a reinstituição dos incentivos fiscais

Os últimos nove dias da atual legislatura da Assembleia
Legislativa, antes que os deputados estaduais eleitos em 2018 tomem posse dos
cargos no dia 1º de fevereiro, serão marcados por intensos trabalhos, já que o
governador Ronaldo Caiado (DEM) confirmou ontem as matérias enviadas para
tramitação até o fim de janeiro. A intenção é, principalmente, colocar fim à limitação
financeira causada pela não aprovação do orçamento de 2019 no ano passado. As
sessões extraordinárias, realizadas a partir das 15h de hoje, têm na pauta
projetos como a primeira parte da reforma administrativa, a extinção do cargo
de soldado de terceira classe, além da LOA, que será reformada pelo relator,
Lívio Luciano (Podemos), sob orientação da Secretaria da Fazenda. Com oposição
mais numerosa do que a da próxima legislatura, a avaliação entre deputados é de
que a aprovação não será tão simples. “É um novo momento, faltando menos de 10 dias
para encerrar a legislatura, e creio que o governo não terá tanta facilidade
quanto teve ao assumir”, afirma José Vitti.

Comparação

Continua após a publicidade

De saída do PSDB e sem definir rumo – se fica na base de
Caiado ou não, o presidente da Casa avalia que os atuais deputados já não têm a
mesma benevolência que tiveram quando aprovaram a reinstituição dos incentivos
fiscais, no ano passado.

Missão

“Naquele momento, a grande maioria deu credibilidade e um
voto de confiança ao governador que assumia. Agora, não sei como será a
postura. Ele já está no cargo e depende da articulação política de sua equipe
para angariar os votos”, conta.

Conflito interno

O senador Renan Calheiros (MDB-AL) garantiu, por meio de
postagem em sua conta oficial no Twitter, que não tem intenção de ser novamente
presidente do Senado Federal. “Os alagoanos me reelegeram para ser um bom
senador, não presidente”, afirmou, em declaração que, quase imediatamente, foi
alvo de piadas nas redes. “Já fui várias vezes presidente do Senado, em
momentos também difíceis. A decisão caberá à bancada, e temos outros nomes”,
escreveu Renan, que já presidiu a casa por quatro vezes. Apesar da fala, Renan
tem potencial para ser reconduzido à presidência e, na prática, trabalha para
isso desde a confirmação de sua recondução ao cargo de senador. Ele trava uma
disputa interna no MDB com a senadora sul-mato-grossense Simone Tebet. Outros
senadores, como o eleito Major Olímpio (PSL-SP), resistem a Renan e já
demonstram apoio à candidatura de Tebet. Além de Renan e Simone, os outros
candidatos na disputa são Tasso Jereissati (PSDB-CE), Esperidião Amin (PP-SC),
Álvaro Dias (Podemos-PR) e Davi Alcolumbre (DEM-AP).

CURTAS

Ao voto – O
vice-presidente do STF, ministro Luiz Fux, decidiu manter a decisão do que
determinou que seja secreta a eleição para presidência da Câmara dos Deputados.

Pedido – Recurso
do deputado eleito Kim Kataguiri (DEM-SP) acionou a Corte para que a votação
seja aberta, mas já foi negado pelo presidente, Dias Toffoli.

Manifestações
Após protestos de servidores, o Governo de Goiás passa a estudar proposta de
pagar os salários atrasados em fevereiro. A conferir.

Outra referência

Depois da realização de CPI na Assembleia Legislativa,
investigação do Ministério Público e do Tribunal de Contas, a contratação de
shows pelo governo estadual deverá, efetivamente, passar por mudanças na atual
gestão.

Indicado

O novo presidente da Goiás Turismo, Fabrício Amaral,
que assumiu o cargo na última semana, define que a contratação de shows não
será prioridade. Para ele, a atração do turismo com apresentações não é tão
benéfica, com base em critérios técnicos.

Pela ordem

Goiás foi o sétimo estado brasileiro a decretar situação de
calamidade financeira. O decreto foi assinado e também entra na pauta de
sessões extras na Alego.

Lista seleta

Além de Goiás, também decretaram calamidade financeira os
Estados: Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Minas Gerais, ainda no ano
passado, enquanto Roraima, Rio Grande do Norte e Mato Grosso decretaram nos
primeiros dias deste ano. 

Definitivo

O Ministério da Educação (MEC) indicou Paulo César Teixeira,
economista e administrador, para assumir a Diretoria de Avaliação do Ensino
Básico (Daeb) do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep).

Trabalho

Teixeira será responsável pela elaboração do Exame Nacional
do Ensino Médio (Enem) e foi aprovado pelo ministro da Educação Ricardo Vélez
Rodríguez, após do recuo na indicação do goiano Murilo Resende para a vaga.

 

Veja Também