Líder confirma consenso com Maia

Major Vitor Hugo também deve participar das manifestações deste domingo e acredita que o movimento é espontâneo

Postado em: 25-05-2019 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Major Vitor Hugo também deve participar das manifestações deste domingo e acredita que o movimento é espontâneo

Raphael Bezerra*

O deputado federal goiano e líder do governo Bolsonaro na Câmara dos Deputados, major Vitor Hugo (PSL), anunciou, nesta sexta-feira (24), que as tensões com o presidente da Casa, Rodrigo Maia (Democratas), foram sanadas. O aperto de mãos que reestabeleceu a união do líder com o presidente da Câmara foi organizado pela deputada federal Carla Zambelli (PSL).

“Foi uma conversa muito boa, uma conversa amigável. A gente vai virar todas as páginas, vamos continuar numa aproximação para o bem do país”, afirmou.

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“Não acho que foi um rompimento completo. Ele só explicitou algo que já acontecia“, disse o líder. “Vou buscar me aproximar. Não é bom para ninguém. Não é bom para o país que haja o presidente da Câmara e o líder do governo sem troca de ideias, que não compartilhem visões, que não cheguem ao meio-termo. Isso não é ideal para a pauta da Câmara”, pontuou o pesselista.

Vitor Hugo explicou que, após o racha com Maia, foi ao presidente discutir o assunto. “Ele falou; ok, bola pra frente”, afirmou. “Página virada. Vamos caminhar juntos no sentido de aproximar o governo da presidência do Legislativo para o bem do País”, disse.

Durante a semana, Maia chegou a afirmar que as relações com Vitor Hugo foram cortadas “faz tempo”. Referia-se ao episódio em que o líder do governo divulgou via whatsapp imagem de uma pessoa que negociava com congressistas com 1 saco de dinheiro na mão.

“Ele comentou que vai passar a me convidar para as reuniões normais onde quer que elas sejam, na casa dele ou na própria Câmara. Não vai ser um problema”, declarou.

Derrotas em votações

Hugo minimizou a derrota na votação da Medida Provisória 870 (MP). Por 18 votos, o Governo Federal que editou a medida no começo do ano para alterar o Conselho de Controle de Atividade Financeiras (COAF) do Ministério da Economia para a Justiça, foi derrotado na Câmara dos Deputados. O projeto segue agora para o Senado Federal e deverá ser aprovado sem discussões, tendo em vista que, caso seja alterado, o projeto volta à Câmara.

Segundo o líder do governo na Câmara, Major Vitor Hugo (PSL), se trata de uma conquista corajosa do presidente.

“Maximizamos a capacidade do Estado de combater a corrupção, enxugamos a máquina pública”, disse o deputado federal, que lembrou, sem esconder certo desapontamento, que o COAF permanece no Ministério da Economia. “Tínhamos uma visão que seria melhor na Justiça, mas vamos criar algum mecanismo para que os dados sejam facilmente compartilhados”.

Manifestações

O líder do governo deve participar das manifestações convocadas para este domingo (25). No começo do mês o presidente da República disse que estudantes que foram às ruas protestarem contra os cortes na educação eram “idiotas úteis”. A premissa, no entanto, não se encaixa, segundo o líder, no perfil dos manifestantes desse domingo.

A diferença, de acordo com o deputado, é que a manifestação de domingo será “espontânea”, uma “campanha de engajamento e de patriotismo”.

Para o Major Vitor Hugo, a manifestação convocada pelos apoiadores de Jair Bolsonaro será espontânea, porque, “não tem apoio do governo”. Já as que ocorreram em defesa da educação, afirma, foram apropriadas por grupos políticos. O deputado confirmou sua participação no evento. “Não será uma manifestação contra as instituições. Será pacífica e contundente”. (*Especial para O Hoje)

 

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