Governo minimiza estado do Vapt Vupt

Após manejo de R$ 32 milhões do orçamento do órgão, unidades da Capital apresentaram problemas no atendimento

Postado em: 19-07-2019 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Após manejo de R$ 32 milhões do orçamento do órgão, unidades da Capital apresentaram problemas no atendimento

Dayrel Godinho

O governador Ronaldo Caiado (Democratas) minimizou, em entrevista a uma rádio da Capital, os problemas de atendimento que usuários enfrentam na rede Vapt Vupt. De acordo com Caiado, não haverá impacto no funcionamento da estrutura. Nesta semana, o órgão sofreu redução de R$32 milhões após alterações de prioridades na utilização dos créditos suplementares.

“O Vapt Vupt continua. O que não tem cabimento é pagar o aluguel de uma sala menor, que custava R$ 20 mil por mês, para atender cabo eleitoral. Não é possível continuarmos pagando salários nababescos em todo o Estado, sendo que temos que cortar na carne. O que eu estou fazendo é isso: reduzindo o gasto do Estado, mas jamais comprometendo a continuidade dos serviços e o atendimento à população”, justificou Ronaldo Caiado.

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O governador e o vice-governador, Lincoln Tejota (Pros) sairam em defesa dos seis peimeiros meses de gestão. Em entrevistas distintas, porém com discursos parecidos, ambos fizeram, novamente, um balanço do início de suas atuações em frente ao governo.

Caiado focou seu discurso no combate a corrupção, tema que tem repetido muitas vezes desde que assumiu a cadeira do Palácio das Esmeraldas. “A sociedade não suporta mais. A bandidagem não pode tomar conta do Estado, que existe em prol do cidadão, e não para servir como tentáculos de bandidos”, afirmou Caiado. 

O governador, que já havia adiantado a possibilidade de instaurar o programa de Compliance Público (PCP) na Saneago na última terça-feira (16), também adiantou que pode implementar no Estado. De acordo com o democrata, esta plataforma “se trata da ferramenta mais moderna para correta aplicação e gestão dos recursos públicos”. 

Ele ainda ressaltou que é um trabalho preventivo, enquanto as auditorias detectam as irregularidades somente após o dano ao erário público já ter sido praticado. “O vírus da corrupção é extremamente resistente e eu trato o Compliance como uma vacina”, afirmou o governador, que destacou a implantação no Detran e no Ipasgo. “Já foram detectados mais de R$ 89 milhões de desvio de dinheiro, pessoas que estavam irregularmente cadastradas após pagarem R$ 2 mil, R$ 3 mil para serem incluídas”, respondeu à Rádio Interativa FM. 

 

Críticas a adesão ao RRF foram respondidas pelos gestores 

Também entrando na questão da adesão ao RRF, que foi aprovado no início deste mês de julho pela Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), Tejota também abordou temas como a situação financeira do Estado e a redução de incentivos fiscais. 

Sobre estas questõe, Tejota acredita que não é apenas Goiás que passa por um momento de dificuldades. “A crise financeira nos impede de fazer tudo aquilo que gostaríamos de fazer, por isso faremos o que pudermos fazer. Para melhorar esse cenário estamos enxugando a máquina, fazendo uma forma nova de gestão com foco na apresentação de resultados à população”, explicou. 

O RRF, para o vice-governador não afetará nos incentivos fiscais. Para ele, é um “falso conceito de que os incentivos devem ser permanentes”. “Precisamos e estamos, de fato, revisando todos os incentivos, mas isso não quer dizer que eles irão acabar. “Estamos revendo essa política para garantir resultados positivos, garantir a geração de empregos e uma economia saudável para o Estado”, observou.

Tejota ainda lembrou que a inclusão de Goiás no Regime de Recuperação Fiscal (RRF) é algo esperado desde o início do governo. “Assim que tivemos acesso à real situação da saúde financeira do Estado isso nos preocupou, até porque sabemos que nossos compromissos são grandes”, avaliou o vice. Para Tejota, o RRF vem para trazer essa “saúde financeira”. Ele também avaliou qu e sem “medidas mais duras”, o governo não conseguiria sair da situação de limitação para fazer grandes investimentos.

Segurança

Ambos fizeram menções durante as suas entrevistas à segurança pública no Estado. Para Caiado, houve uma redução em Goiânia, “antes a média era de 34 roubos de carro por dia. Hoje temos vários dias sem registro”, explicou. “As pessoas já notam uma mudança substantiva. É outra Segurança Pública. Hoje a polícia de Goiás é referência nacional”, avaliou.

 

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