Valparaíso não reelege prefeito desde 1996

Atual prefeito vai enfrentar uma oposição que acredita no histórico municipal de não reeleger nenhum gestor

Postado em: 09-09-2019 às 06h25
Por: Dayrel Godin
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Atual prefeito vai enfrentar uma oposição que acredita no histórico municipal de não reeleger nenhum gestor

Dayrel Godinho

Emancipado em 1995, os eleitores de Valparaíso de Goiás, Entorno do Distrito Federal, nunca reelegeram um prefeito em seis eleições municipais. Este é o desafio para o atual prefeito, Pábio Mossoró (PSDB), que vai sair candidato à reeleição enfrentando dois ou mais candidatos de oposição. O prefeito, inclusive, considera a situação como a principal dificuldade para se reeleger, mas diz que está trabalhando para mudar.

O tucano foi eleito em 2016 com 51,76% dos votos, frente a 36,87% de Afrânio Pimentel (PR), 10,25% de Roberto Martins (PT) e 1,12% de Iraquitan (PCdoB). A então prefeita, Professora Lucimar (PT), eleita com 55,99% dos eleitores em 2012, sequer saiu candidata à reeleição. Mesma situação de José Valdecio (PTB), eleito em 2004 com 35,8% dos votos, e não saiu candidato à reeleição em 2008, dando lugar à deputada estadual Lêda Borges (PSDB), eleita com 63,75% dos votos.

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Em todas as eleições que um prefeito saiu candidato à reeleição, ele saiu derrotado. Foi o que aconteceu com o primeiro prefeito de Valparaíso de Goiás, José Valdecio. Eleito com 34,7% em 1996, o então prefeito perdeu o posto para Juarez Sarmento (PSDB) por apenas 4% de diferença em 2000.

Entre os seis mandatos do município, Valdecio foi o único que foi eleito em duas ocasiões. Após a derrota em 2000, ele conseguiu voltar à Prefeitura de Valparaíso em 2004, derrotando o seu algoz tucano, com 35,5% dos votos dos eleitores. O Sarmento, então candidato à reeleição obteve somente 12% do eleitorado. Ele, no entanto, não tentou se reeleger em 2008.

Dificuldade

Como o município é novo, Mossoró acredita que o município não reelegeu ninguém porque não consolidaram uma força política em Valparaíso. Ele, porém, está confiante na força do PSDB no município e na força da deputada estadual e ex-prefeita, Lêda Borges.

O atual prefeito vê como uma grande barreira esta situação de não conseguir reeleger um administrador, mas afirmou que está trabalhando para conseguir mudar a situação. “Não é uma tarefa fácil, mas estamos confiantes. Nossa gestão tem trabalhado muito e estamos focados no processo administrativo, mas também estamos cuidando do processo político”, afirmou.

Oposição confia no desgaste do prefeito

Confiante no histórico municipal, a oposição quer desbancar o atual prefeito. Entre os nomes mais cotados estão o de dois novos nomes no município: O vereador mais votado em 2016, Elvis Santos (Solidariedade), e a presidente do PSL municipal de Valparaíso, Lilian Morais, confiam que podem ser bons nomes para o pleito de 2020, e já estão se movimentando para consolidar os seus nomes.

Eleito em duas ocasiões, o vereador Elvis Santos diz que já tem o apoio do Pros e do PTC, e também está com conversas bastante adiantadas com outros dois para o próximo pleito. O vereador se considera como da base do governador, Ronaldo Caiado (Democratas), no entanto não sabe se ele participará do pleito.

“Me considero da base de Caiado, mas ele não se posicionou ainda. Deve estar aguardando as movimentações no município”, acredita o vereador que está esperançoso com um futuro apoio do governador.

Candidata do presidente

Diferente do vereador, a presidente do PSL municipal e Coordenadora da Juventude da sigla no Estado de Goiás, Lilian Morais, busca se afastar do governador de Goiás e se considera “candidata do PSL, do presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL) e do deputado Delegado Waldir”.

Ligada à igreja evangélica, Lilian é estudante de Administração e tem apenas 21 anos e nenhum cargo eletivo, porém foi candidata à deputada estadual em 2018 e obteve 11.830 votos, sendo a terceira mais votada no município, com 4.445 votos.

Como articulação a líder diz que já movimentou o município intermediando a chegada de recursos. Próxima das lideranças do PSL, a pré-candidata buscou junto à Câmara Federal, R$ 500 mil em recursos para a educação municipal, que foram disponibilizados por meio de emendas do deputado Federal Delegado Waldir (PSL). “Considero a educação com o primordial”, complementou Lilian, destacando que este recurso serviu para a compra de vários kits para atender a educação municipal.

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