Quinta-feira, 28 de março de 2024

Jorge Kajuru fatura R$ 48 mil com YouTube usando assessores, revela jornal

Segundo jornal, o senador tem ganhado com a monetização de vídeos na plataforma digital; órgãos de fiscalização já estão atentos para essa prática - Foto: Reprodução.

Postado em: 15-07-2020 às 18h15
Por: Nielton Soares
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Segundo jornal, o senador tem ganhado com a monetização de vídeos na plataforma digital; órgãos de fiscalização já estão atentos para essa prática - Foto: Reprodução.

Nielton Soares

O senador Jorge Kajuru (Cidadania-GO) é apontado em reportagem do jornal “O Estado de S. Paulo” na prática de usar assessores do gabinete pagos pelo Senado para gerir um canal no YouTube, que tem garantido lucros ao parlamentar. 

Segundo a apuração, a veiculação de vídeos tem conseguindo arrecadar o total de R$ 48.339,72, desde que Kajuru assumiu o mandato no ano passado. 

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Outros parlamentares também têm feito o mesmo que o político goiano. Ao todo, o jornal identificou sete deputados federais e outros senadores. 

Especialistas, Ministério Público e Tribunal de Contas da União (TCU) questionam transforma a atividade do mandado parlamentar em negócio privado. Nos corredores do Congresso Nacional a prática já está sendo chamada de “toma lá, dá cá”.

Segundo ‘O Estado’, Kajuru admitiu que assessores do gabinete cuidam da plataforma, produzindo vídeos. “Para mim, desde que eu nunca use um centavo da cota parlamentar, não vejo nada de imoral na manutenção da parceria que tenho há mais de 10 anos com o YouTube, a plataforma que me remunera de acordo com a visualizações dos meus vídeos”, respondeu o senador. 

Como funciona 

O YouTube paga aos produtores de conteúdo na plataforma conforme a monetização dos vídeos, isto é, o pagamento de recursos é feito de acordo com as visualizações dos vídeos em contrapartida da veiculação de anúncios do YouTube. 

Mas os recursos são pagos para àqueles que se inscrevem como parceiros do YouTube, atendendo às regras da plataforma. Assim, caso não haja a inscrição, não há inserção de anúncios e, por isso, nem a arrecadação.

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