MPF diz que primo de Alexandre Baldy teria recebido propinas em caixa de gravatas

Rodrigo Dias, Alexandre Baldy e outros quatro estão presos por supostos desvios de recursos da Saúde, em 2014. Ação policial tem como base delegações premiadas de funcionários de OS - Foto: Reprodução

Postado em: 07-08-2020 às 15h30
Por: Redação
Imagem Ilustrando a Notícia: MPF diz que primo de Alexandre Baldy teria recebido propinas em caixa de gravatas
Rodrigo Dias, Alexandre Baldy e outros quatro estão presos por supostos desvios de recursos da Saúde, em 2014. Ação policial tem como base delegações premiadas de funcionários de OS - Foto: Reprodução

Nielton Soares

O Ministério Público Federal (MPF) denunciou que o primo de Alexandre Baldy (PP), Rodrigo Dias, teria recebido parte de propinas no esquema com a Fio Cruz dentro de caixa de gravatas. O valor recebido seria no valor de R$ 250 mil. Assim como o Baldy, secretário licenciado de Transporte Metropolitanos de São Paulo, Dias também foi detido durante a Operação Dardanários, deflagrada na quinta-feira (6).

O MPF indica ainda que Baldy teria recebido propina de R$ 500 mil em espécie, em Goiânia, de recursos desviados dos cofres públicos do Rio de Janeiro. Segundo o órgão, em uma ocasião, o ex-ministro do governo de Michel Temer teria recebido no flat, em São Paulo, cerca de R$ 900 mil, parra a liberação de pagamentos atrasados à organização social Pró-Saúde, no ano de 2014. 

Continua após a publicidade

Esses e outros relatos fazem parte de delações premiadas de funcionários da Organização Socia (OS), que administrava o Hospital de Urgência da Região Sudoeste (Hurso) em Santa Helena de Goiás. 

Segundo os delatores, que não tiveram os nomes revelados, Alexandre Baldy, então candidato a deputado federal, tinha solicitado repasses para a campanha eleitoral, com a promessa de ajudar no repasse de recursos atrasados do Governo Estadual, na época comandado por Marconi Perillo (PSDB), 

A assessoria de comunicação do ex-parlamentar, por nota, informou que Alexandre Baldy tem a vida pautada pelo “trabalho, correção e retidão”. “Foi desnecessário e exagerado determinar uma prisão por fatos de 2013, ocorridos em Goiás, dos quais ele sequer participou”, frisou.

Já a Pró-Saúde informou que, desde 2017, tem colaborado com as investigações e adotando ações que fortaleça a integridade institucional. 

Veja Também