Janeiro Roxo: Todos Contra a Hanseníase’

O objetivo da mobilização é reverter o quadro de dificuldades em divulgar a doença para a comunidade

Postado em: 16-01-2018 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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O objetivo da mobilização é reverter o quadro de dificuldades em divulgar a doença para a comunidade

Neste mês de janeiro, é propagada em todo o País a campanha ‘Todos Contra a Hanseníase’, criada pela Sociedade Brasileira de Hansenologia (SBH) com a intenção de reverter o quadro de dificuldades em divulgar a doença para a comunidade. E a Sociedade Brasileira de Dermatologia – Regional Goiás (SBD-GO) abraça a campanha.

“É de extrema importância que a população seja informada sobre a hanseníase, pois trata-se de uma doença contagiosa, negligenciada, altamente incapacitante se não diagnosticada e tratada precoce e adequadamente”, diz o médico dermatologista Hugo Alexandre Lima, coordenador da campanha de hanseníase promovida pela SBD-GO.

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De acordo com dados da SBH, o Brasil é o 2º país no ranking mundial de hanseníase – atrás da Índia –, e a doença é subnotificada. Cerca de 30 mil casos são notificados a cada ano – número semelhante à notificação de novos casos de HIV/AIDS. Todo ano, o Maranhão é o estado com o maior número de casos registrados. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia, somente na Capital foram notificados 159 casos em 2016. Em 2017, o número é bem próximo: foram notificados 151 casos.

Segundo a SBH, a falta de informação e o preconceito são os grandes vilões responsáveis pelo cenário da hanseníase no Brasil. “Existe um estigma em relação à hanseníase. Antigamente, quando não havia tratamento para essa doença, os portadores eram isolados em vilas e colônias, onde ficavam por toda a vida. Hoje, a hanseníase tem cura, e o doente em tratamento pode conviver normalmente com parentes e amigos sem o risco de transmitir a doença. Mesmo assim, existem preconceito e medo por parte da população”, comenta Hugo Alexandre. 

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