HGG tem atendimento especializado para transexuais e travestis

Ambulatório TX oferece atendimento ambulatorial e cirúrgico para mulheres e homens transexuais e travestis, que necessitam de atendimento clínico

Postado em: 24-10-2017 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
Imagem Ilustrando a Notícia: HGG tem atendimento especializado para transexuais e travestis
Ambulatório TX oferece atendimento ambulatorial e cirúrgico para mulheres e homens transexuais e travestis, que necessitam de atendimento clínico

Inaugurado no final de abril deste ano deste ano no Hospital Alberto Rassi (HGG), o Ambulatório TX oferece atendimento ambulatorial e cirúrgico para mulheres e homens transexuais e travestis, que necessitam de atendimento clínico. O serviço oferecido pela unidade inclui até mesmo a redesignação sexual, também conhecida como cirurgia de mudança de sexo.

O objetivo do trabalho desenvolvido pela equipe do HGG é oferecer tratamento digno e humanizado para pessoas que enfrentam sofrimentos e demandas diversas relacionadas à inadequação do seu corpo (e sexo) físico com sua identidade de gênero. Homens que não se sentem homens e mulheres que não se identificam enquanto mulheres. “Muitos desses pacientes anseiam pela mudança de sexo, já outros não. Nesse tipo de tratamento não é todo o paciente que chegará até um centro cirúrgico para fazer a cirurgia de redesignação sexual, também conhecida como mudança de sexo”, explica a médica ginecologista da unidade, Cristiane Alves de Meneses Carvalho.

Segundo ela o tratamento oferecido visa, acima de tudo, oferecer acolhimento ao paciente que, na maioria das vezes chega até a unidade de saúde sem referência nenhuma e até mesmo perdido. “São pacientes que não encontram local e nem profissionais preparados para atendê-los adequadamente”, diz ela.

Continua após a publicidade

Desafios

No Brasil existem apenas cinco centros de tratamento voltados para a especialidade que cuida do processo transexualizador. Em Goiânia, apenas dois hospitais oferecem esse tipo de tratamento a esse público específico, o Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (UFG), pioneiro nesse tipo de atendimento e tratamento aqui em Goiás; e agora o HGG.

“Além da discriminação social enfrentada por esses pacientes, são poucos os centros especializados nesse tipo de tratamento, e também é pequeno o número de profissionais que se prontificam a atuar nesta área”, explica Cristiane Carvalho.

Um outro desafio enfrentado pelos pacientes e pelas equipes médicas é o fato de que esses pacientes são muito suscetíveis a transtornos mentais como a depressão, anorexia, fobia social e entre eles um índice específico é bastante preocupante: as elevadas taxas de tentativas de suicídio. Esse índice que chega a 5% entre a população em geral, dentro da faixa populacional transexual chega a 60%. 

Veja Também