Trabalho voluntário faz bem ao coração e a sua carreira

Pesquisa revela que funcionários que atuam em ações sociais são 16% mais engajados e gestores afirmam que o chamado voluntariado empresarial contribui para o desempenho profissional

Postado em: 07-12-2017 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Pesquisa revela que funcionários que atuam em ações sociais são 16% mais engajados e gestores afirmam que o chamado voluntariado empresarial contribui para o desempenho profissional

*Manoela Messias, especial para O Hoje

Ser voluntário pode fazer um bem enorme também para sua
carreira. É o que indica os números da pesquisa “Além do Bem – Um estudo sobre
voluntariado e engajamento”, feito por meio de uma parceria entre a Santo Caos
Consultoria, o Bank of America Merrill Lynch e o Programa de Voluntários das
Nações Unidas (UNV) no Brasil. Divulgado em março deste ano, o estudo ouviu
mais de 820 colaboradores e gestores de 80 empresas operantes em 25 estados
brasileiros mais o Distrito Federal.

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A pesquisa aponta que funcionários que atuam como
voluntários são 16% mais engajados e 81% dos gestores ouvidos no estudo
consideram que o voluntariado empresarial (aquele incentivado pelas próprias
corporações) contribui para o desempenho profissional do colaborador. Entre os
entrevistados, o estudo apontou que mais de 30% (261 pessoas) nunca fizeram
algum trabalho voluntário, porém, dois terços das pessoas consultadas declaram
que gostariam de praticar voluntariado.

O atendente de vendas Josué Avelino, 33 anos, há até pouco
tempo estava nesse percentual de quem nunca atuou como voluntário. Na última terça-feira
(5), data em que celebrou-se o Dia Internacional do Voluntário, ele foi um dos
30 colaboradores de uma construtora que participaram do Dia do Bem, doando
parte do seu dia para alegrar as crianças do Centro de Educação Infantil BETEL,
no Parque Santa Cruz, em Goiânia. “Foi uma experiência formidável! Posso dizer
que foi uma das melhores sensações que já tive, poder me vestir de palhaço e
levar alegria para aquelas crianças. Tudo que recebemos em troca é o amor
delas, por isso é impossível sair deste tipo de ação sem estar com um sorriso
no rosto”, conta.

Isadora Slywitch Borggild (25), que é atendente na mesma
construtora, também nunca tinha feito nenhum trabalho voluntário, mas aderiu à
causa e se propôs a tirar algumas horas do dia para fazer a felicidade de
crianças que tudo o que desejam é um pouco de amor e carinho. “Há 1 ano eu
perdi a minha avó e isso me fez ter essa vontade de poder ajudar a quem
precisa, até que as ações do Instituto MRV me proporcionaram essa oportunidade.
Na primeira vez que estive com estas crianças eu fui a quem mais se beneficiou,
pois o amor que eles passam pra gente é o mais puro que podemos ver. Desta vez
não foi diferente. Lembrar da alegria desses meninos e meninas carentes é o que
me dá mais incentivo para continuar o trabalho como voluntária”, conta a jovem.

Ana Paula Neves (35), analista de recrutamento, foi quem
iniciou as ações do instituto aqui em Goiânia. “Eu sempre participei de ações
voluntárias. Quando soube do Instituto e vi que eles fazem ações lindas em Belo
Horizonte (MG) eu me empenhei para trazer estas ações para o nosso Estado. É um
sentimento único o que o voluntariado nos trás e depois que fui mãe percebi o
quanto atos simples como os que exercemos podem melhorar o dia e a vida de
crianças que precisam”, revela. 

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