HDT reforça conscientização sobre a hanseníase

É uma das doenças mais antigas assinaladas pela humanidade, com casos registrados há mais de 4000 anos, na China, Egito e Índia. Se tratada, a Hanseníase tem cura

Postado em: 25-01-2018 às 10h15
Por: Kamilla Lemes
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É uma das doenças mais antigas assinaladas pela humanidade, com casos registrados há mais de 4000 anos, na China, Egito e Índia. Se tratada, a Hanseníase tem cura

No próximo domingo (28) é
comemorado o Dia Nacional de Combate e Prevenção da Hanseníase. Conhecida
antigamente como lepra, a hanseníase é uma doença infecciosa, contagiosa e que
afeta primariamente a pele e nervos periféricos, o que faz com que tenha alto
poder de causar incapacidades e deformidades físicas. É uma das doenças mais
antigas assinaladas pela humanidade, com casos registrados há mais de 4000
anos, na China, Egito e Índia. Se tratada, a Hanseníase tem cura.

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 Segundo a Sociedade Brasileira de Hansenologia
(SBH), no Brasil, são registrados cerca de 30 mil casos por ano, incluindo
adultos e crianças, o que o coloca o país no segundo lugar com mais casos da
doença, atrás somente da Índia. Em 2016, foram 25.048 notificações da doença.
Já em Goiás, em 2016, foram registrados 1.420 casos novos; e em 2017, 1.217
casos (taxa de detecção 18,2/100,000 habitantes). No estado, 84% dos casos
detectados foram curados, porcentagem considerada como regular de acordo com os
parâmetros da Organização Mundial da Saúde.

 Com o objetivo de chamar a atenção da
sociedade sobre a doença, o Hospital Estadual de Doenças Tropicais dr. Anuar
Auad (HDT), referência no tratamento de doenças Infectocontagiosas e
dermatológicas, apoia a causa e incentiva a prevenção e a busca rápida por
assistência no caso de pacientes que apresentem os sintomas, que são,
principalmente, manchas brancas ou avermelhadas na pele com perda de
sensibilidade. ”É importante procurar logo o médico, pois quanto mais cedo o
diagnóstico e tratamento, mais cedo vem a cura e o paciente para de transmitir
a doença, fechando a cadeia de transmissão”, explica a dermatologista e
coordenadora do Ambulatório de Hanseníase do HDT, Mirian Lane Castilho.

 

A médica informa ainda que a
transmissão da doença se dá pelas vias áreas superiores (tosse ou espirro), de
uma pessoa doente sem tratamento, para outra, após um período de contato
prolongado.  “O tempo entre contágio e
aparecimento dos sintomas varia de dois a cinco anos. Embora tenha cura, a
doença pode provocar graves incapacidades físicas se o diagnóstico demorar ou
se o tratamento for inadequado”, salienta a médica, que lembra que o tratamento
para hanseníase é gratuito em todo o território nacional, pelo Sistema Único de
Saúde (SUS).

 Na área dermatológica,
grande parte de internação no HDT é de casos de Hanseníase. O paciente T.R.S,
de 21 anos, descobriu que estava com a doença em setembro do ano passado.
“Procurei um hospital por causa de um machucado na perna. Como a ferida não cicatrizava,
me encaminharam para o HDT, onde fui diagnosticado com Hanseníase. No começo
foi difícil, muita gente tem receio dessa doença. Mas estou fazendo o
tratamento direito, então, acredito que vou ficar curado logo”, disse. 

(Foto: Reprodução)

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