Coluna

Sales observa ‘rompimento pontual’ e pede conciliação

Publicado por: Sheyla Sousa | Postado em: 04 de abril de 2020

Rubens Salomão 

Servidor efetivo do STF e auxiliar próximo a Ronaldo Caiado
(DEM), Pedro Sales avalia que o rompimento entre o governador e o presidente
Jair Bolsonaro deverá se estender por um prazo definido. Mais especificamente,
enquanto durar a guerra relacionada à pandemia de coronavírus. Presidente da
Goinfra, ex-secretário de Administração e ex-presidente da Codego, Sales
acompanha a busca do governador por soluções em Brasília e estava em reunião no
BNDES, quando Caiado apresentou a fatura, antes da atual crise. “Não houve um
rompimento. Houve divergência em um tópico específico. O governador é médico e
se sente mais qualificado, mas em bases aliadas, às vezes há visões diferentes
e isso não necessariamente representa rompimento”. Pedro acredita que ambos têm
“capacidade de enxergar com naturalidade sem prejudicar Goiás”.

Reencontro

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“Acredito (na reconciliação). O presidente é conhecido por
essas declarações espontâneas e, nesse ponto, foi diametralmente oposta ao
governador. Mas a vida segue com relação aos demais assuntos”, espera Pedro
Sales.

Paralisação

Já a área de infraestrutura do Estado sofre baque por conta
da falta de repasses no período de pandemia. Sem repasses do tesouro, Fundo do
Transporte, multas e convênios federais, Goinfra abandona investimentos.

Provisório

O foco é a manutenção da atual estrutura rodoviária em
Goiás. Eram previstos R$ 300 milhões para obras, mas a agência terá R$ 180
milhões para conservação.

Vítimas e empregos

Antes da renovação do decreto de isolamento, Sandro Mabel
(FIEG) dizia: “Não adianta sair dessa pandemia com um dos menores números (de
vítimas) no país e ao mesmo tempo se um dos maiores em termos econômicos”.

Bom senso

E o presidente da Câmara Municipal, Romário Policarpo
(Patriota), respondia, nas redes sociais: “Cala a boca, por favor. Gosto demais
de você, Sandro, mas enfia a boca debaixo do braço”.

Lentidão

Além do fôlego de R$ 250 milhões mensais, a prorrogação de
liminar do STF sobre suspensão de dívidas goianas dá tempo para que o governo
federal reconheça ‘tarefa de casa’ feita para adesão ao Regime de Recuperação
Fiscal.

Prazo

“Muitos critérios foram atendidos, mas a PGFN
(Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional) sequer tinha se manifestado”, cita a
PGE, Juliana Prudente.

Futebol real

O Vila Nova entrou na briga de times médios para conseguir
na CBF ajuda financeira para manutenção das estruturas. A entidade tem poupança
acumulada de R$ 1 bilhão em 2019. Os 20 clubes da Série C pedem R$ 30 milhões.

CURTAS

– O Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, deu ordem
interna para que falas de Bolsonaro sejam ignoradas.

– Avaliação é de que o presidente só deve dar trégua nos
ataques quando “a realidade da nova pandemia se impor”.

– A propósito, Caiado reforçou que “segue recomendações do
ministro Mandetta”, quando questionado sobre Bolsonaro.