E no Carnaval?
Durante o feriado, é importante incluir os pets nos planos, mesmo que eles não entrem na folia
Luisa Guimarães
As férias de fim de ano podem ter chegado ao fim, mas o Carnaval já está batendo à porta. Para alguns pode parecer absurdo, mas, neste período, entre dezembro e março, os índices de abandono de animais crescem quase 50%. Este número é registrado por ONGs e órgãos públicos que acabam se responsabilizando pelos abandonados. Segundo levantamentos de ONGs de São Paulo e do Rio de Janeiro, esse aumento representa cerca de 70% em relação a outros períodos do ano.
É mais comum do que se imagina relatos de “vizinhos que foram pra praia e deixaram o cachorro trancado do lado de fora da casa”, ou de pessoas que vão até pet shops, dão um nome falso, deixam os animais no local e nunca mais voltam para buscar. E isto ocorre no mundo inteiro. Um dos países que mais chamam atenção para a prática é a França, por exemplo. Estima-se que, durante o verão, cerca de 60 mil animais são abandonados todos os anos.
O caso é extremo, mas o leque de opções do que se fazer com o pet é grande. Tem gente que não abre mão dos bichinhos nem na hora da folia. Vale lembrar que nem todos gostam de curtir o Carnaval e, por isso, acabam não fazendo nada. Este é um bom candidato a ‘petsitter’, um babá para o pet. Existem serviços especializados, com profissionais que se dedicam exclusivamente a esta atividade, mas um amigo ou membro da família pode ajudar a cuidar durante o feriado.
A fonoaudióloga Lara Gilberti, de Goiânia, leva a Shih Tzu Mona para as viagens sempre que pode. Mona é, na verdade, de sua filha Marcela, que se mudou para o Guarujá e não pôde levar a cachorrinha. Mas Lara a leva para visitar a ‘mamãe’ sempre que pode e afirma que os passeios na praia são sempre tranquilos. Como o clima de Carnaval nem sempre é ‘tranquilo’, mãe e filha irão se revezar entre ambientes muito agitados e tranquilos. As passagens já estão marcadas para amanhã, sexta-feira.
Quando Lara não consegue levar Mona para as viagens, conta com várias ajudas. Ela tem um ‘babá’ fixo, com quem é acostumada a ficar quando necessário. A irmã de Lara também é uma opção para cuidar da cachorrinha; quando precisa, logo ‘dá o grito’. Se nenhuma das duas opções tiver disponibilidade, Lara recorre aos hotéis de animais. Mesmo não sendo sua primeira opção, ela recomenda a quem precisar.
Ao recorrer aos hotéis, procure visitar o local antes para conhecer a estrutura oferecida, observar a higiene e pegar referência com outras pessoas que já hospedaram seus animais no local. Uma boa ideia é buscar hotéis que ofereçam algum tipo de entretenimento para o seu pet também se divertir e curtir alguns dias de diversão. No caso dos gatos, busque um local que seja especializado, pois estes animais costumam ficar estressados diante da presença de outros animais, sobretudo, os cães.
Pulando Carnaval
Se a opção for levar o pet para a folia, alguns detalhes devem ser observados. Antes de fantasiá-lo, é fundamental se certificar que eles estão confortáveis.
Tecidos
Ao comprar uma roupinha, certifique-se de que seu tecido não é inflamável e que seja à prova de fogo. Outro ponto importante é ter cuidado com peças que se soltam com facilidade, como botões e laços. Eles podem ser engolidos pelos pets.
Conforto
Tenha certeza que a fantasia não está muito apertada no animal. O dono deve conseguir colocar três dedos entre a roupinha e o corpo do pet, especialmente no pescoço, para garantir seu conforto. Durante o passeio, é bom verificar se o cachorro não está com calor ou incomodado. Outro ponto a observar é o seu tecido, que não deve ser grosso. Como os cães não suam como os humanos, uma roupa muito pesada dificultará ainda mais sua transpiração.
Praticidade
Não deixe para estrear a fantasia do pet no Carnaval. Procure vestir o animal com a roupinha outras vezes para que ele se acostume. Lembrando que, caso ele não goste, é preciso respeitá-lo e não insistir.
Transporte
Sair com o pet em um local repleto de pessoas estranhas e outros animais pode ser uma experiência excitante ou mesmo amedrontadora para o seu bichinho. Sendo assim é importante o uso de guia e coleira para evitar que os cachorros se estranhem ou briguem. A guia e coleira também evitam que os cães se percam do dono.
Hidratação
Evite sair com os animais entre 10h e 16h, período em que o sol está mais quente. Não se esqueça de passar protetor solar na ponta de orelhas, focinho e barriga do pet, principalmente os de pelagem branca. Levar também uma garrafinha de água e um recipiente para oferecer com frequência o líquido ao animal.
Visibilidade
Aplique fitas refletoras na fantasia do bichinho, assim ele poderá ser visto durante a noite por motoristas e ciclistas. O produto pode ser facilmente encontrado em lojas de equipamentos esportivos e garante a visibilidade de seu pet no escuro.
Fontes: Pet Mag, Pet Blog