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quinta-feira, 26 de dezembro de 2024
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Cidades

Hospital Araújo Jorge pede socorro para sobreviver

Crise financeira no centro referência no combate ao câncer compromete atendimento

Postado em 4 de fevereiro de 2016 por Redação
Hospital Araújo Jorge pede socorro para sobreviver
Crise financeira no centro referência no combate ao câncer compromete atendimento

Jéssica Torres

AHoje, no Dia Mundial de Combate ao Câncer, o Hospital Araújo Jorge está no vermelho. Para amenizar os efeitos da crise financeira já houve um severo corte de pessoal em todas as áreas. Caso a situação não seja normalizada, novos pacientes podem ficar sem atendimento. 

A situação é alarmante, já que 70% dos atendimentos realizados dependem do Sistema Único de Saúde (SUS), é o que aponta o diretor técnico do hospital Araújo Jorge, Márcio Roberto Barbosa da Silva. “Quem mais perde é o cidadão. Apesar de oferecermos um serviço de qualidade não estamos tendo contrapartida. O que se torna insustentável”, lamenta.

Conforme o diretor, o repasse do município ao hospital está em atraso 50% referente ao mês de outubro. “Novembro só conseguimos por muitas reclamações. Mas os funcionários não receberam nem a metade de outubro e integramente novembro”, relata. O mês de dezembro já deveria ser pago agora no começo de fevereiro, mas adianta que, se caso isso não acontecer, o hospital será obrigado a suspender o atendimento a novos pacientes.

Sem celebração

Para 2016, estima-se a ocorrência de mais de 596 mil casos da doença no Brasil, segundo o INCA e, na região Centro-Oeste, mais de 40 mil novos casos são estimados para 2016 e 2017. Diante da situação, o presidente da Associação de Combate ao Câncer em Goiás (ACCG), mantenedora do hospital, Alexandre João Meneghini se reuniu ontem com o secretário de Saúde, Fernando Machado. Segundo o presidente, foi estipulado um prazo até o final dessa semana para o repasse dos valores em atraso.

“Apesar do dia 4 de fevereiro ser um motivo para lembrar da importância no combate ao câncer, o tratamento contra a doença é o nosso dia-a-dia e iremos lutar”, frisa. Por isso, ao invés de festa, hoje será enviado um documento para Conselho Regional de Medicina, com cópia da nota para as secretarias de saúde e ministério federal e estadual pedindo socorro para manter ativo seu funcionamento.

Só em 2015, foram mais de 45 mil pacientes atendidos no hospital e realizado mais de 1 milhão de procedimentos. “Com a crise nacional, apesar de nenhum serviço deixar de ser oferecido até agora, desde o ano passado estamos com um programa de redução de custos, que foi em cerca de 11%, e tudo indica que no ano de 2016 teremos que diminuir mais ainda”, revela.  

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