ONU destaca papel da vacina contra o HPV
O câncer afeta mais os países pobres, onde vivem oito de cada 10 mulheres diagnosticadas com câncer de colo de útero; e onde morrem nove em cada 10.
No marco do Dia Mundial contra o Câncer, nesta quinta-feira (4), o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu a eliminação do câncer de colo de útero, como uma questão de saúde pública, e pela redução do fardo de milhões que lidam com outros tipos de câncer.
Para ele, o lugar em que uma pessoa vive não deveria determinar se esta pessoa desenvolverá ou morrerá por causa da doença.
“Cerca de um terço dos casos câncer podem ser prevenidos, enquanto outros são curáveis se diagnosticados e tratados com antecedência. E ainda que o câncer esteja avançado, os pacientes devem se beneficiar de tratamento paliativo”, informou Ban.
Embora o câncer afete todos os países, a doença atinge mais gravemente aqueles que têm poucos recursos. “Nada ilustra isso melhor do que o problema do câncer de colo de útero”, disse, explicando que oito em cada 10 mulheres diagnosticadas com câncer de colo de útero vivem em países mais pobres; e neles morrem nove em cada 10.
O secretário-geral da ONU afirmou que a comunidade internacional tem a responsabilidade de replicar o progresso dos países ricos nos países de menor renda, onde o câncer de colo de útero segue como um dos mais comuns entre as mulheres.
“Hoje, nós temos o conhecimento, a experiência e as ferramentas para proteger toda mulher, em todos os lugares”, declarou. “A prevenção abrangente do câncer de colo de útero inclui vacinas para proteger as meninas contra a futura infecção com o papilomavírus (HPV), o rastreamento de medidas e tratamento de prevenção”, explicou.
Com o lema “Nós podemos, eu posso”, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) também se uniu à comunidade internacional para marcar o Dia Mundial contra o Câncer. A agência da ONU que trata da saúde nas Américas pediu a aplicação de políticas públicas que favoreçam estilos de vida saudáveis, o que poderia evitar mais de um terço dos casos de câncer.
O câncer é a segunda principal causa de morte nas Américas, onde se estima que, por ano, 2,8 milhões de pessoas são diagnosticadas e 1,3 milhão morrem em decorrência dessa doença.