‘Lula está sendo objeto de grande injustiça’, diz Dilma
Presidente diz apostar que processo de suspeição contra o seu antecessor será superado, por conta da liderança de Lula
A presidenta Dilma Rousseff disse ontem que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva está sendo objeto de “grande injustiça”. Ela defendeu seu antecessor durante o mutirão de combate a focos do mosquito Aedes aegypti, vetor da zika, dengue e chikungunya, na zona oeste do Rio de Janeiro.
“Acho que o presidente Lula está sendo objeto de grande injustiça. Respeito muito a história do presidente Lula. Tenho certeza de que esse é um processo que será superado, porque acredito que o país, a América Latina e o mundo precisam de uma liderança com as características do presidente Lula”, afirmou Dilma.
Ao chegar a Brasília, depois de visitar o Rio de Janeiro, a presidente foi à Sala Nacional de Coordenação e Controle para Enfrentamento da Dengue, Chicungunha e Zika. Ela ficou durante 15 minutos no lugar, onde conversou com o ministro do Esporte, George Hilton, que está em Campo Grande. Ao sair, ela disse:
– Essa ação foi um sucesso, mas é só o começo. Temos que persistir – disse Dilma, acrescentado: – Tenho absoluta confiança no meu povo.
Pela manhã, a presidente acompanhou a ação de agentes de saúde na comunidade Caminho do Zepellin, em Santa Cruz, no Rio. Durante a visita, Dilma afirmou que o país vive o resultado de anos de abandono das políticas de saneamento.
Na sexta-feira, o Ministério da Saúde divulgou que 35,6% dos 67 milhões de imóveis no Brasil tinham sido visitados com o objetivo de combater o Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, chikungunha e zika. A meta era visitar todos até 31 de janeiro. Como o objetivo não seria cumprido a tempo, ele foi adiado para o fim de fevereiro. Questionado neste sábado se será possível visitar todos os imóveis no novo prazo, o coordenador da Sala Nacional de Coordenação e Controle de Combate ao Aedes aegypti, Marcus Quito, respondeu:
– Essa é uma expectativa que nós todos temos de trabalhar. Agora o que é o principal? Não é necessariamente a visita. É a principal mobilização de todos os setores da sociedade. Porque, com essa mobilização, mesmo que a gente não tenha a visita, as pessoas que têm possivelmente criadouros dentro de casa vão ajudar a gente a destruir esses criadouros. Então, a mobilização é que é o mais importante. As visitas são ferramentas, fazem parte de um conjunto de ferramentas que são direcionadas para o enfrentamento do vetor, mas elas não são as únicas. Então, é importante a mobilização de todos no processo – afirmou Quito.
Ele explicou também que, no caso dos apartamentos, as visitas não estão sendo realizadas em residência por residência. Os agentes estão vistoriando as áreas comuns e conversando com o síndico, medidas que, segundo Quito, são mais eficientes. (ABr)