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quinta-feira, 26 de dezembro de 2024
Cidades

Confirmados dois casos de Guillain-Barré em Anápolis

A síndrome apresenta leve fraqueza muscular em alguns pacientes ou quadro raro de paralisia total dos quatro membros

Postado em 17 de fevereiro de 2016 por Redação
Confirmados dois casos de Guillain-Barré em Anápolis
A síndrome apresenta leve fraqueza muscular em alguns pacientes ou quadro raro de paralisia total dos quatro membros

Flaviane Barbosa

Na última segunda-feira (15), dois homens deram entrada no Hospital de Doenças Tropicais de Goiânia (HDT), com suspeita de Síndrome de Guillain-Barré. O idoso de 68 anos e o rapaz de 29 foram internados  após sentirem uma espécie de fraqueza muscular. De acordo com a assessoria do hospital, até o momento, o jovem teve confirmação da síndrome e apesar dos sintomas, o estado dos dois é estável e conversam normalmente.

O Zika vírus pode ser um dos fatores que desencadeia a síndrome, já que o jovem tem um histórico epidemiológico relacionado com o caso Zika.  

Os dois foram submetidos a exames necessários para confirmar ou não se a doença está ligada ao vírus, transmitido pelo Aedes Aegypti, para descobrir a real causa da doença. Os exames serão analisados pelo Laboratório Central (LaCen) em Goiânia. Depois da análise, serão enviados ao Instituto Evandro Chagas no Estado do Pará. O centro de análises tem vínculo com a Secretaria de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde. O resultado dos exames ficarão prontos em 60 dias.

Histórico

Na região Nordeste, 121 casos de manifestações neurológicas e da síndrome de Guillian-Barré foram notificados com histórico de alguma doença infecto-contagiosa entre janeiro e julho do ano passado.

O médico infectologista, Boaventura Braz, explica que a doença consiste em uma flacidez muscular progressiva que afeta inicialmente os membros inferiores. Normalmente o primeiro sintoma que identifica a doença é a perda da capacidade de locomoção e é importante que o paciente procure com mais rapidez possível tratar dos primeiros sintomas. Geralmente, o paciente portador da síndrome, teve um quadro viral antecedente à doença, mas essa informação não pode ser confirmada porque nem sempre o paciente se lembra que teve uma infecção. Não existe prevenção da doença, pois ela é autoimune. 

Quando diagnosticado, o paciente é internado e medicado e o tratamento geralmente dura de três a quatro semanas no hospital. Depois, os cuidados podem se estender a outros procedimentos como a fisioterapia.

Força-tarefa 

Se confirmado a ligação da síndrome com o Zika vírus, essa será mais uma doença ligada ao mosquito Aedes Aegypti que tem sido alvo de uma mobilização nacional.

No Estado de Goiás, a Secretaria de Saúde (SES) iniciou em dezembro uma força-tarefa junto com o Corpo de Bombeiros e as prefeituras municipais, que consiste na vistoria realizada uma vez por mês em todos os imóveis residenciais e comerciais do estado. Mais de um milhão de imóveis foram vistoriados e a ação acabou virando referência para o Ministério da Saúde.

A segunda etapa que se iniciou no começo do mês de fevereiro teve 316 mil imóveis vistoriados em duas semanas de ação. Nesta fase também é realizada a remoção de entulhos além da limpeza de riachos, córregos e bueiros.

Segundo dados da SES, em 2016 foram notificados 90 casos de chikungunya, nenhum confirmado e 98 casos de Zika, sendo oito confirmados e um descartado. Os casos de dengue chegaram a 19.638 até o dia 6 de fevereiro, refletindo em um aumento de 63% com relação ao mesmo período do ano passado.

 

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