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quinta-feira, 26 de dezembro de 2024
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Economia

Varejo goiano cai, mas mostra reação

Vendas do comércio varejista atingiram queda recorde no ano passado, mas retração desacelera

Postado em 17 de fevereiro de 2016 por Redação
Varejo goiano cai
Vendas do comércio varejista atingiram queda recorde no ano passado

A queda no volume de vendas do comércio varejista goiano voltou a desacelerar em dezembro, após ter atingido o pico anual de -13,3% em outubro do ano passado, a maior queda mensal já registrada na história do comércio em Goiás. Em novembro, a queda recuou para 11,4% e em dezembro para 10,9%. Com o resultado, o varejo no Estado fechou o ano em queda de 10,2%, também o maior já registrado no acumulado anual. 

No mês, a variação no volume de vendas em Goiás apresentou recuo superior ao nacional, que sofreu queda de 7,1% em comparação com dezembro de 2014. Os dados foram divulgados ontem, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Na comparação com o mês de novembro de 2015, o volume de vendas do comércio varejista goiano apresentou um recuo de 5,7% em dezembro de 2015; na mesma comparação, a variação nacional foi de 2,7%.

Das diferentes atividades que compõem o comércio varejista de Goiás, nenhuma apresentou variação positiva do volume de vendas no mês de dezembro do ano passado, frente a dezembro de 2014. A maior variação negativa foi verificada no comércio varejista de Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (- 32,3%), logo a seguir vem os Móveis e Eletrodomésticos (-28,4%), e Livros, jornais, revistas e papelaria (- 14,6%). 

O índice do volume de vendas do comércio varejista ampliado em Goiás (que acrescenta às atividades acima as revendas de Veículos, motocicletas, partes e peças e de Materiais de construção) em dezembro de 2015 apresentou queda de 17,6% na comparação com dezembro de 2014 e acumulou retração de 15% nos 12 meses do ano passado.

As duas atividades que se acrescentam para compor o indicador registraram queda, a de Veículos, motocicletas, partes e peças com -29,9% e a de Materiais de Construção, com -12,1%. Com essas variações, o volume de vendas do Comércio Varejista Ampliado em Goiás no acumulado no ano, comparado com mesmo período anterior, apresentou uma redução de 15,0%, maior que a observada para o Brasil (-8,6%).

Vendas devem continuar caindo em 2016 

As vendas do comércio em 2016 devem seguir em trajetória negativa, segundo expectativas da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). A previsão da entidade é de que o ano termine com redução de 3,9% no faturamento – após a queda de 4,3% nas vendas em 2015, segundo dados da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) divulgada nesta terça-feira, 16 de fevereiro, pelo IBGE.

A previsão de retração ligeiramente inferior à do ano passado se deve, basicamente, a uma expectativa de queda menor do PIB e a uma alta menor do nível geral de preços. No conceito ampliado, a CNC projeta -7,8% para o volume de vendas ao final do ano.

Para o economista da CNC Fabio Bentes, o resultado fraco das vendas em 2015 foi o resultado de uma série de fatores ruins para o varejo. “A redução significativa no nível geral de atividade interrompeu uma longa sequência de expansão do mercado de trabalho. O aumento do desemprego, a queda da renda agravada pela elevação da inflação, mais que reduziram o bem-estar do consumidor, derrubaram sua confiança”, afirmou Bentes. 

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