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segunda-feira, 2 de dezembro de 2024
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Essência

Série investiga suposta fuga de Adolf Hitler

Führer não teria cometido suicídio em 1945, mas fugido para a América do Sul. Série estreia no History Channel

Postado em 19 de fevereiro de 2016 por Redação
Série investiga suposta fuga de Adolf Hitler
Führer não teria cometido suicídio em 1945

Mais de 70 anos depois e a versão oficial da História, aquela que aprendemos no colégio, de que Adolf Hitler cometeu suicídio em 1945 em seu bunker em Berlim, é colocada em xeque em Caçando Hitler (Hunting Hitler), série que estreia hoje, às 22h, no History Channel. A produção foi motivada pela descoberta recente de documentos levantados pelo FBI – e tornados públicos em 2014 – de que o Führer teria apenas forjado a própria morte, já que seu corpo nunca foi visto por ninguém. 

De acordo com os registros, ele teria fugido para a América do Sul, onde foi supostamente visto por “muita gente”. “Os oficiais americanos na Alemanha não localizaram o corpo de Hitler e não há nenhuma fonte confiável que possa afirmar, sem dúvidas, de que ele está morto”, assinalou J. Edgar Hoover, diretor do FBI na época.

Como ele fugiu, para onde foi, o que fez e por onde passou? Para elucidar essas questões, um time de especialistas sai em busca de evidências para comprovar o que talvez tenha sido “a maior mentira da História”, como define o programa dividido em oito episódios. 

“Não queríamos fazer nada baseado nas teorias da conspiração, mas mudamos de ideia depois que o governo dos Estados Unidos apresentou estes documentos. Eles nos deixaram intrigados com algo que achamos que os espectadores gostariam de ver. Afinal, é uma verdade questionável”, afirma Tim Healy, vice-presidente de desenvolvimento e programação do History, e produtor executivo do programa. “Hoje, com toda a tecnologia que temos à disposição, tudo teria sido diferente”.

O mentor das investigações é Bob Barer, agente da CIA por 21 anos e famoso por ter sido interpretado por George Clooney no longa Syriana, de 2006. De seu escritório, em Los Angeles, ele revisa as 700 páginas de relatórios – dos quais sai a teoria de que Hitler pode ter fugido de Berlim pelos ares, de um bunker que o ligava diretamente ao aeroporto de Tempelhof. De lá, teria seguido para a Espanha, nas Ilhas Canárias. Em seguida, para a América do Sul, onde se instalou e propagou sua filosofia em lugares como Colômbia, Argentina e até Brasil. 

Um dos registros aponta que o líder nazista teria vivido numa “grande morada subterrânea 1.000 km a oeste de Florianópolis e a 725 km de Buenos Aires”.

“Sou cético quanto à versão histórica da morte dele. Não houve evidências, testemunhas. Só me juntei a esses caras porque fiquei curioso para saber como ele escapou. Se ele não morreu, para onde foi?”, questiona Barer.

Quem sai em campo para esmiuçar pista por pista é o grupo formado pelos “durões” Tim Kennedy, um ex-militar que fez carreira no Exército “rastreando alvos valiosos” como o terrorista Osama Bin Laden; o jornalista investigativo Gerrard Williams, estudioso do percurso nazista na América do Sul; e Steven Rambam, que se define como um “caçador de nazistas”.

“Acho que pessoas como Hitler fazem de tudo para sobreviver. Não pedem para sair. Pablo Escobar (traficante colombiano) fugiu. Saddam Husseim (ditador iraquiano) fugiu”, provoca Tim Kennedy. 

A investigação não foi tão simples assim, explica ele. Muitas das testemunhas encontradas se recusavam a falar. Foram horas e horas atrás de pessoas, e milhares de negociações para que algumas delas topassem aparecer na televisão.

“É impressionante como o medo ainda vigora nessa região. Eles não gostam de falar sobre o passado, se recusaram a nos contar detalhes e tentaram impedir nosso trabalho de diversas formas. Reservas de hotel foram negadas, e alteraram nossa gasolina para que o barco não pegasse”, relembra Kennedy, que consegue enxergar uma conexão forte entre Hitler e Juan Domingo Perón, presidente da Argentina em dois períodos, o primeiro deles entre 1946 e 1955.

O produtor Jason Wolf conta que cada descoberta desencadeava novas questões. E, portanto, mais trabalho para a equipe de especialistas.

“Sabíamos onde iríamos baseados em documentos, mas quase tudo para o qual estávamos brifados evoluiu para algo diferente”, diz Wolf, contando que terminou o programa com mais dúvidas ainda. “Chegamos num lugar legal. Mas o mais interessante era saber quão sólidas eram as perguntas que estávamos tentando responder”. (Agência O Globo) 

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