Teste rápido é complementar no diagnóstico da dengue, diz secretária
A secretária adjunta de Saúde do Distrito Federal, Eliene Berg, disse hoje que o teste rápido para dengue é importante, mas não é fundamental
A secretária adjunta de Saúde do Distrito Federal, Eliene
Berg, disse hoje (19) que o teste rápido para dengue é importante, mas não é
fundamental para o diagnóstico da doença. “Em se tratando de qualquer doença, o
que é soberano é a clínica [os sintomas] que o paciente apresenta. A
complementação diagnóstica feita pelo exame é muito importante, mas não pode
inviabilizar o atendimento, tem que ser norteador.”
Para Eliene, mesmo que o teste para dengue dê negativo, há
outras doenças a se considerar, já que o mosquito Aedes aegyptitambém
transmite a febre chikungunya e o vírus Zika. “Neste momento que vivemos, de
epidemia de dengue, se acaba direcionando para essa abordagem diagnóstica,
quando na realidade ele [o paciente] necessita de muito cuidado, mesmo com o
teste negativo. O que ele está apresentando de sintomas é que vai delinear a
celeridade e a abordagem desse atendimento”, disse.
Segundo Eliene, apesar do aumento da demanda, o teste rápido
não está em falta na rede de saúde pública do Distrito Federal, mas há um
controle mais criterioso para o seu uso e o repasse de estoques de uma unidade
para outra. “Fizemos compras emergenciais e até o momento não está faltando.
Estamos dimensionando o consumo desses testes porque algumas unidades estão com
consumo diário muito maior que outras, em razão do perfil epidemiológico de
cada região”, explicou.
As regiões de Brazlândia, Ceilândia, São Sebastião e
Planaltina possuem o maior número de registros de dengue no Distro Federal,
segundo Eliene.
Mobilização contra o Aedes aegypti
A secretária esteve hoje no Instituto Federal de Educação
Tecnológica de Samambaia, acompanhando o ministro do Planejamento, Valdir
Simão, no dia nacional de mobilização contra o mosquito Aedes aegypti em
escolas de todo o país. O mosquito é o transmissor da dengue, da febre chikungunya
e do vírus Zika.
De acordo com ela, as ações contra o Aedes
aegypti começaram em outubro de 2015 e foram intensificadas quando
identificou-se o número relevante de casos de dengue no Distrito Federal. A
Secretaria de Saúde do DF instalou tendas de atendimento para pacientes com
sinais e sintomas sugestivos da dengue, segundo Eliene, para melhorar o
prognóstico da doença, uma em Brazlândia e outra em São Sebastião.
“É uma obrigação nossa como gestores da saúde. Nós tratamos
do que já aconteceu, mas temos que evitar que a doença aconteça. A ação de
hoje é muito importante, sensibilizar adolescentes que têm um alto poder de
comunicação com a presença do ministro, que falou de uma forma tão didática
sobre as formas de combate e o risco da doença. Acredito que é uma ação muito
positiva do ponto de vista de prevenção que é o que nos mais precisamo agora”,
disse a secretária. (Agência Brasil)