Infantino é o novo presidente da Fifa
Ex-secretário-geral da Uefa é eleito com 115 votos no segundo turno da eleição
AFifa tem novo presidente. É o suíço Gianni Infantino, eleito em segundo turno de votação. A vitória dele foi garantida no segundo turno da votação, com 115 votos dentre 207 possíveis (ele precisava de metade mais um do total de confederações, ou 104).
Em segundo lugar ficou o xeque Salman bin Ibrahim Al-Khalifa, do Bahrein, com 88 votos. O príncipe da Jordânia Ali bin Al-Hussein, que já tinha disputado o cargo anteriormente, contra Joseph Blatter, levou 4 votos. E o ex-diplomata francês Jérôme Champagne ficou com zero. O quinto candidato, o empresário sul-africano Tokyo Sexwale, retirou-se da disputa antes de começar o primeiro turno da votação.
Infantino já tinha recebido maior número de votos no primeiro turno, quando teve 88 contra 85 de Al-Khalifa. Hussein tinha tido 27 e Champagne, 7. O regulamento da eleição previa vitória no primeiro turno para o candidato que obtivesse metade mais um do total de votos, o que não aconteceu.
A surpresa foi o fato de quatro candidatos terem ido ao segundo turno, e não três, como se esperava. A explicação foi de que no primeiro escrutínio o excluído acabou sendo o africano Sexwale, que abriu mão de participar. Se não houvesse vencedor no segundo turno haveria uma terceira rodada de votação, com o quarto colocado saindo da disputa.
Ao ser anunciado como vencedor pelo presidente interino da Fifa, Hissa Hayatou, Infantino se disse emocionado com o resultado. O discurso foi curto. O dirigente suiço falou rápido sobre o que pretende. Um dos objetivos é resgatar a credibilidade da entidade que comandará, muito arranhada pelos recentes escândalos de corrupção.
“Vamos restaurar a imagem da Fifa, vamos reconquistar a imagem da Fifa”, prometeu. “Eu quero ser o presidente de todas as 209 associações nacionais. Eu percorri o planeta e vou continuar a fazê-lo. A Fifa passou por tempos difíceis. Temos que seguir em frente”, destacou.
As palavras do interino Hayatou, a quem coube a missão de suceder Joseph Blatter quando o dirigente, que comandava a Fifa desde 1998, foi suspenso por seis anos do futebol, tiveram caminho semelhante às de Infantino. Ele destacou a necessidade de fazer valer as reformas aprovadas pelo Congresso da Fifa horas antes da eleição desta sexta:
“Vamos recuperar a confiança do mundo no futebol. Peço a todas as federações que apoiem o presidente na implementação de novas medidas de que nós tanto precisamos”, ressaltou. (Agência Globo)