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sábado, 23 de novembro de 2024
Gratidão

Pai de Siamesas agradece a CIGO

O apoio que a família recebeu da unidade e do povo goiano antes e depois da cirurgia de separação de suas filhas foi fundamental para família

Postado em 2 de março de 2016 por Redação
Pai de Siamesas agradece a CIGO
O apoio que a família recebeu da unidade e do povo goiano antes e depois da cirurgia de separação de suas filhas foi fundamental para família

Valdenir Neves Câmara, pai da gêmea siamesa Fernanda Neves
Nascimento, de 6 meses, recebeu a imprensa nesta terça-feira, 1º de março, na
Casa do Interior de Goiás (CIGO), unidade da Organização das Voluntárias de
Goiás (OVG). Ele agradeceu o apoio que recebeu da unidade e do povo goiano
antes e depois da cirurgia de separação de suas filhas Fernanda e Júlia, que
não resistiu dias após o procedimento em decorrência de uma insuficiência
cardíaca associada a uma hipertensão no pulmão. O encontro contou com a
participação do cirurgião pediátrico Zacharias Calil, médico responsável pela
cirurgia.

As siamesas
nasceram em Itamaraju, no interior da Bahia, unidas pelo tórax e abdômen, e
compartilhavam o fígado e uma membrana do coração. Por conta da condição delas,
a família das meninas decidiu vir para Goiânia, em agosto do ano passado, para
conseguir a cirurgia de separação que foi realizada no dia 13 de janeiro deste
ano no Hospital Materno Infantil (HMI). Desde que chegou à capital goiana, a
família está hospedada na CIGO e na próxima segunda-feira, 7 de março, retorna
à sua terra natal.

Valdenir comentou
que não queria ir embora sem fazer este agradecimento. “Fomos muito bem
recebidos aqui na CIGO. Recebemos muito apoio do povo goiano,” diz. Ele revela
que a ansiedade com o regresso é grande e que, agora, é voltar ao trabalho e
cuidar para que Fernanda cresça uma criança saudável e feliz. O cirurgião
pediátrico Zacarias Calil informou que a menina poderá levar uma vida normal e
que ela será acompanhada por uma pediatra na Bahia, devendo retornar a Goiânia
em seis meses para uma avaliação. “Se não tivéssemos feito a cirurgia de
separação, ela sobreviveria, no máximo, seis meses. Infelizmente, a Júlia, a
irmã dela, nasceu com uma grave patologia cardíaca que colocava em risco a vida
das duas. Fizemos de tudo para salvá-la também, mas não conseguimos”, disse.

Gerente da Casa
do Interior, Joana D’arc Silva, revelou que toda a equipe da unidade se envolve
e torce muito para que seus usuários possam voltar para casa bem e com saúde.
“Ficamos com o coração apertado na hora da despedida e ao mesmo tempo felizes
por ter ajudado uma família.” 

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