Só nesse ano o Procon-GO registrou 34 reclamações em relação ao aumento do combustível em Goiânia. O presidente do Sindiposto, José Batista, explica que há um rodízio de preços entre os postos de Goiânia. Alguns aumentam o valor e outros não. O aumento é reflexo do repasse de custos e dos tributos das empresas.

No mês passado, Procon-GO iniciou um levantamento para averiguar se o aumento do valor é regular ou não. Não há como calcular quantas vezes o ato ocorreu, pois depende de cada posto. Mas alguns consumidores lembram que o fato aconteceu pelo menos quatro vezes na capital.

Rosânia Nunes, gerente de atendimento do órgão fiscalizador, afirma que no mínimo 200 postos serão investigados para verificar a justificativa do valor do produto e se há combinação de preços entre os postos. Ela explica que cada estabelecimento define o valor do produto de acordo com custo que tem com funcionários, aluguel e outras despesas. Ela ressalta que a proteção que o Procon pode oferecer para o consumidor é verificar se há uma prática abusiva ou alinhamento de preços entre os postos, pois é necessário que haja uma variação entre eles para o consumidor não ser lesado. “Independente de denúncias o levantamento é feito”, diz Rosânia.

O comerciante Vergílio da Rocha Félix, 37, lembra que viu o valor do combustível aumentar cinco vezes em Goiânia. Para ele que tem que abastecer todos os dias a situação é lamentável. Depois dos aumentos, Vergílio que costumava abastecer apenas com gasolina, optou por utilizar também álcool em seu automóvel. Ele espera providências do governo. “Se o aumento continuar, uma hora teremos que andar de bicicleta”. 

Raquel Silva Santos, técnica em mineração, 29, lembra que pelo menos quatro vezes percebeu esse aumento e acha abusivo o valor do combustível. Ela espera que o cenário político mude pra diminuir o preço do produto ou aumentar com menos freqüência.

O consumidor que considerar o aumento do combustível abusivo, repentino ou perceber adulteração do produto pode denunciar o ato por meio do número 151, ou pelo site do Procon: procon.go.gov.br. Rosânia Nunes lembra que as queixas são importantes para que o óprgão inicie a investigação do caso.