Larissa Angélica

O julgamento de Frederico da Rocha Talone e do tenente coronel da Polícia Militar de Goiás Alessandri da Rocha Almeida acusados de matar a empresária Martha Cozac e Henrique Talone foi adiado pela 3ª vez.

O julgamento foi adiado por determinação do desembargador Luiz Cláudio da Veiga Braga, que concedeu habeas corpus pedido pela defesa dos réus, pedindo a suspensão do julgamento e dando salvo conduto aos réus.

O salvo conduto não foi concedido porque os acusados não estão presos. O adiamento revoltou as famílias da vítimas, que iniciaram uma discussão no plenário com familiares dos réus. A discussão foi contida pelos policiais responsáveis pela segurança do local. 

Relembre o caso

Os assassinatos de Martha Cozac e Henrique Talone ocorreram na madrugada de 7 de outubro de 1996, dentro de uma casa na Rua 132, no Setor Sul. Frederico Talone foi contratado por Marta Cozac para trabalhar na confecção de sua propriedade. Era uma forma de retribuir o aluguel do imóvel– propriedade de Frederico Talone– que utilizava para morar e como sede de sua empresa.

No dia do crime, Martha Cozac e Frederico Talone haviam acabado de chegar de uma viagem a Cristalina. A empresária, então, ligou para Frederico Talone e pediu que no dia seguinte ele levasse cheques de terceiros que havia recebido pela confecção e estavam na posse do rapaz.

De acordo com a denúncia do MPGO, Frederico Talone e Alessandri da Rocha foram até a casa da empresária no mesmo dia. Chegaram ao local por volta das 23 horas, quando a empresária já se preparava para dormir. 

Martha Cozac abriu o portão do imóvel e acendeu as luzes, mandando os dois entrarem. Segundo o MPGO, Frederico Talone, que à época era praticante de jiu-jitsu, e Alessandri da Rocha agrediram a mulher, aplicando-lhe golpes em regiões estratégicas. Ela ficou desfalecida e os dois aproveitaram para amarrar seus pés e mãos, a levaram para o quarto e desferiram uma facada no lado esquerdo do peito.

Henrique Talone, que na época tinha 11 anos de idade, estava no quarto e também foi amarrado, teve os olhos vendados e a boca amordaçada. O menino levou dois golpes de faca, que foi deixada cravada em seu corpo. Frederico Talone e Alessandri da Rocha, de acordo com a denúncia do MPGO, se apoderaram de cheques da empresária, dinheiro, cartões bancários e fugiram levando ainda o Fiat Uno avariado.