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quinta-feira, 28 de novembro de 2024
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SINTOMAS

Reação do corpo a alimentos deve ser acompanhada

Coceira, tosse, náusea e, às vezes, a morte. Esses são alguns dos sintomas que podem ser desencadeados por uma reação alérgica, problema que afeta 5% da população brasileira. Entre os alimentos com maior potencial de alergenicidade, ou seja, que leva a maiores números de casos, estão leite de vaca, amendoim e crustáceos. Mas como saber […]

Postado em 15 de março de 2016 por Sheyla Sousa
Reação do corpo a alimentos deve ser acompanhada

Coceira, tosse, náusea e, às vezes, a morte. Esses são alguns dos sintomas que podem ser desencadeados por uma reação alérgica, problema que afeta 5% da população brasileira. Entre os alimentos com maior potencial de alergenicidade, ou seja, que leva a maiores números de casos, estão leite de vaca, amendoim e crustáceos. Mas como saber a diferença entre alergia, hipersensibilidade ou uma intolerância alimentar? O médico Sérgio Vencio, endocrinologista que integra o corpo clínico do laboratório Atalaia, explica as duas situações.  

De acordo com o especialista, as alergias alimentares são um problema causado pela reação do sistema imunológico a um alimento, levando a sintomas angustiantes e muitas vezes graves. “O potencial de alergenicidade depende, em grande parte, da constituição do alimento, mas também de fatores genéticos e imunológicos da própria pessoa ou da exposição prévia (ou falta dela) ao agente alergênico”, esclarece.

De acordo com o médico, assim como existem várias possíveis causas, os sintomas também variam desde irritações na pele (coceira, urticária, inchaço), no sistema respiratório (tos­se, chiado no peito) e gastrointestinal (náusea, vômito e diarreia). “Os casos mais graves (anafilaxia) podem ser fatais, necessitando de cuidados médicos imediatos com injeção de adrenalina e eventual internação hospitalar de urgência. Esses sintomas podem incluir inchaço dos lábios, língua ou face, constrição na garganta, dificuldades respiratórias e pulso rápido (taquicardia)”, afirma o médico.

Intolerância

Muitas pessoas confundem a alergia com a intolerância alimentar, porém, segundo o endocrinologista, são duas situações diferentes. “A intolerância alimentar não é tão clara e a causa pode levar algum tempo para ser diagnosticada. Apesar de não ser uma ameaça à vida, ela faz o doente se sentir extremamente mal e pode ter um grande impacto na vida profissional e social do paciente”, descreve.

De acordo com o médico, a intolerância alimentar pode ser causada por diversos fatores. “Algumas pessoas não possuem as enzimas necessárias para digerir os alimentos. Por exemplo, na intolerância à lactose, a lactase não é produzida em quantidades suficientes para quebrar a lactose (açúcar do leite). Outras reagem aos produtos químicos que são produzidos naturalmente nos alimentos, como cafeína, salicilatos e histamina, presentes em alimentos como morangos, chocolate e queijo curado. Outra causa de intolerância alimentar é a presença de aditivos nos alimentos, como os sulfitos, que são adicionados à comida processada para lhe dar uma vida útil mais longa”, exemplifica.

Embora sà eja uma condição que acomete grande parte da população, tanto a alergia alimentar quanto a intolerância não têm cura e a recomendação para evitar as reações é retirar o alimento da dieta. “Por isso é importante diagnosticá-las de forma correta, para que possam ser controladas. Isso porque a alergia alimentar pode induzir ao choque anafilático e à morte, porém a intolerância é mais frequente e acarreta perda importante da qualidade de vida”, afirma Vencio. 

O paciente que deseja saber se tem alergia a determinado alimento deve procurar um médico para realizar o diagnóstico clínico e se submeter a alguns exames. “Exames chamados testes cutâneos ou até exame de sangue de IgE específica podem confirmar este tipo de alergia, quando elas se correlacionam com sintomas clínicos. No caso da intolerância, o diagnóstico é mais difícil. O teste mais comum e com validação científica é o teste de intolerância à lactose. É importante também manter um diário anotando as reações aos diversos tipos de ali­men­tos”, conclui o médico. 

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