Operadoras de telefonia lideram queixas em GO
Lista negra do Procon divulga empresas e serviços mais reclamados no ano passado
RHUDY CRYSTHIAN
De todas as reclamações registradas no Procon Goiás em 2015, cerca de 15% foram contra empresas de telefonia/celular, o setor lidera o ranking de queixas na área de serviços essenciais. As gigantes OI e Vivo são as campeãs de registros. No geral, o órgão calcula 1,675 mil queixas de clientes insatisfeitos com os serviços e produtos comercializados no Estado ano passado. Um número muito próximo em comparação com o ano anterior quando foram registrados 1,631 mil reclamações.
Entre os principais problemas destacados estão produtos com vício e cobrança indevida ou abusiva que, juntas, somam mais da metade das reclamações na categoria. Os dados constam em um relatório anual divulgado ontem (15), o Cadastro Estadual de Reclamações Fundamentadas, a chamada “Lista Negra do Procon”.
As operadoras de telefonia sempre encabeçam a lista de empresas mais reclamadas. O Procon destaca que os motivos são velhos conhecidos do consumidor: muitos clientes e pouco investimento em pós-venda. Segundo a gerente de atendimento ao consumidor do órgão, Rosânia Nunes, as empresas investem muito em atração de novos clientes, mas esquecem de resolver os problemas do consumidor.
Outra curiosidade é que, de acordo com a Rosânia, a maioria dos clientes tem chips de várias operadoras o que aumenta o fluxo de consumidores e, consequentemente, de reclamações.
Conciliação
A gerente destaca que de todas as demandas registradas, 75,85% foi solucionada por meio de atendimentos que proporcionam a resolução de uma forma mais ágil para o consumidor, a chamada conciliação. “É uma prioridade do Procon atuar como órgão mediador para tentar resolver os problemas de forma amigável”, destaca.
A especialista explica que o cadastro representa uma importante referência para os consumidores e para os próprios fornecedores, pois a divulgação da lista contribui para a melhoria na prestação dos serviços e na oferta dos bens e produtos.
Uma novidade para esse ano foi a inclusão no setor de serviços essenciais do cadastro empresas prestadoras de serviço público. Neste quesito, a Companhia Energética de Goiás (Celg) ficou em terceiro lugar entre as mais reclamadas. Os Correios em décimo. O Procon começou a distribuir ontem uma cartilha impressa com as 200 empresas mais reclamadas em 2015.