Elder Dorneles

Leonardo Vilela, secretário de Estado da Saúde (SES-GO), apresentou ontem, por meio de uma coletiva de imprensa os números atualizados do projeto Goiás contra o Aedes. Os dados são depois de três meses de ação do órgão em combate ao mosquito. No Estado, os casos parciais de dengue são de 72.309, um aumento de 18,12% em relação ao ano passado, que registrou 61.225. No Brasil esse índice é de 59%. Os números de casos confirmados de janeiro até hoje são de 12.794. Durante todo o ano passado, 95.700 ocorrências foram computadas. Zika teve 61 confirmados de 765 notificações. Chikungunya apresentou um, de 255 casos. 

Segundo a Secretaria, quase quatro milhões de imóveis foram fiscalizados. Em janeiro, verificou-se 1.003, em fevereiro esse número subiu para mais de 1.500 e até agora o numero de imóveis vistoriados é de 1.300. Acredita-se que até o fim do mês esse índice ultrapasse fevereiro. A boa notícia, segundo Leonardo, é que casas, terrenos e outros lugares que são propícios ao foco do mosquito tiveram uma diminuição significativa. Em janeiro a porcentagem era de 3,99%, fevereiro caiu para 2,11% e nesse mês caiu ainda mais, registrando 1,31%.

Outro resultado apresentado foi que 30 mil focos de dengue foram eliminados no primeiro mês do ano, no segundo, 26.524 e em março foram 13.985. Vilela explicou que após a fêmea depositar os ovos, leva de dez a 12 dias para o mosquito nascer e virar adulto, e que nesse prazo muitos focos foram exterminados, impedindo mais 70 milhões de mosquitos nascessem. 

Exames

O Percentual de exames positivos confirmados da dengue em 2013 mostrava índice de 71,7%, em 2014 essa estimativa caiu para 62,4%. No ano passado, o percentual subiu para 72,5 %. Nesse ano, até o momento a apuração é 54,5%.

Segundo o Laboratório de Saúde Pública Dr. Giovanni Cysneiros (Lacen-GO) foram confirmados cemexames e dentre eles 25%  para zika e 75% confirmações de dengue.  

No período de chuva deste ano houve uma queda nos casos  dengue. Uma redução para quatro mil em relação a 2015, que apresentou no mesmo período cerca de dez mil.  “A queda mostra que a nossa estratégia de ir de casa em casa, identificar o foco e eliminá-lo e instruir o morador está bem sucedida” relata V ilela. 

Devido aos índices, para o secretário, o manejo ambiental é muito importante. “O manejo ambiental é insubstituível,pois é o menor, mais barato, mais ecológico e o mais eficiente método de controle do mosquito”, comenta. Ele ainda atenta para que o morador deva checar a sua casa para evitar a contaminação. 

Um fato positivo para o secretário foi o episódio de duas mães que contraíram o vírus da zika, deram a luz e os dois recém-nascidos não tiveram microcefalia. Até o momento Goiás não tem nenhum caso de microcefalia associado à zika. 

Combate

A força-tarefa “Goiás contra o Aedes” da SES teve início em dezembro do ano passado. A ação conjunta integra o Corpo de Bombeiros e Prefeituras Municipais. O objetivo é vistoriar uma vez por mês, todos os imóveis residenciais e comerciais do Estado para eliminar focos do Aedes aegypti. Até hoje, cerca de três milhões de imóveis foram vistoriados. Segundo Leonardo Vilela, o governo investiu R$ 2,5 milhões na patrulha. Os resultados apresentam 72 municípios visitados, 24.057 caminhões de entulho retirados das cidades e 433 mil criadouros removidos.