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domingo, 1 de setembro de 2024
CIDADES

PCom novas altas etanol deixa de ser vantajoso

Aumento do hidratado faz consumidor recuar e voltar a preferir gasolina na hora de abastecer em Goiânia

Postado em 29 de março de 2016 por Sheyla Sousa
PCom novas altas etanol deixa de ser vantajoso
Aumento do hidratado faz consumidor recuar e voltar a preferir gasolina na hora de abastecer em Goiânia

RHUDY CRYSTHIAN

Quem antes trocou a gasolina pelo etanol por conta da relação custo rendimento do motor começa a fazer o caminho reverso. Dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP) mostram que as vendas de álcool combustível caíram em média 6,7% nos dois primeiros meses desse ano em todo País. Até o final do mês, a previsão é que o tombo seja ainda maior. Além da queda nas vendas o etanol aumentou muito mais na comparação com a gasolina.

Desde janeiro desse ano, os preços do hidratado ao consumidor final em Goiânia saíram do patamar médio de R$ 2,48 por litro nos postos para bater R$ 2,89 na semana passada, uma valorização de 16,5%. Nessa mesma comparação, os preços médios da gasolina nos postos goianienses subiram 8,5%, de R$ 3,58 para R$ 3,89 por litro. Com isso, a relação entre o preço do etanol e o da gasolina subiu de 69%, para 74%, ou até mais em alguns postos na capital.

Conforme parâmetro mais aceito pelo mercado, para ser vantajoso economicamente ao motorista, o etanol tem que valer até 70% do preço da gasolina. Assim, uma parte dos consumidores que antes abastecia seus veículos com etanol passou a migrar para a gasolina. Para o economista, Marcus Antônio Teodoro, essa relação já deixa de ser vantajosa logo quando passa de 65% isso se analisado outros fatores que deixam o motor menos eficiente. 

O especialista afirma que para o consumidor fugir dessas armadilhas na hora de abastecer o automóvel a dica é antiga: pesquisar. “É importante o consumidor ficar sempre atento a essas variações de preço. Quando a relação deixa de ficar vantajosa, o motorista pode optar por abastecer metade gasolina e metade álcool”. Marcus conta que há mais ou menos dois meses ele vem percebendo que o etanol não é mais vantajoso em Goiânia.  

A administradora de empresas, Edilene Goulart está de olho nos preços do combustível. Apesar de trabalhar perto de casa, ela usa o carro diariamente e afirma que tem percebido que usar etanol está mais pesado no bolso. Ela ainda usa o automóvel do namorado eventualmente e afirma que no carro dele só usa gasolina. “Nem me lembro mais quando foi a última vez que abasteci com álcool”, comenta.  

Desaceleração começou no ano passado 

De acordo com informações da ANP, a desaceleração do consumo de combustíveis no país começou em 2015, com a queda da atividade econômica. No primeiro bimestre de 2016, as vendas de combustíveis recuaram 3,47%, de 8,735 para 8,431 bilhões de litros.

Algumas consultorias estimam uma queda mais acentuara para a comercialização dos combustíveis esse ano, principalmente no primeiro semestre, mesmo com a demanda de etanol mais acelerada com a entrada da nova safra de cana. 

O início da nova safra tende a pressionar u os preços do etanol para baixo, já que algumas usinas do País iniciaram sua produção. Vale ressaltar, que essa expectativa de queda é para preços pagos nas usinas. Nos postos, o sindicato da categoria em Goiás afirma, por meio de nota, que ‘o mercado de revenda é completamente livre para repassar ou não reajustes das distribuidoras’.  

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