Wagner Barreto se sagra campeão do ‘The Voice Kids’
Fã de música sertaneja, o adolescente teve seu grande momento no programa quando cantou Romaria, na fase dos shows ao vivo
Por Talita Duvanel/Agência O Globo
Junte crianças e adolescentes com vozes afinadas, artistas carismáticos e populares em todo o Brasil e uma boa produção musical – e mais um monte de lágrimas pela fofura das crianças. Pronto. Está aí o The Voice Kids, que terminou no domingo (27) depois de ocupar a faixa dominical das 13h da TV Globo desde o dia 3 de janeiro e premiar Wagner Barreto, de 15 anos, integrante do time da dupla Victor & Leo. Com 66% do votos do público, ele leva para casa R$ 250 mil reais e um contrato com a gravadora Universal.
Paranaense da cidade de Porto Rico, Wagner venceu Rafa Gomes, de 9 anos, da equipe de Carlinhos Brown, e Pérola Crepaldi, de 11 anos, escolhida por Ivete Sangalo. Fã de música sertaneja, o adolescente teve seu grande momento no programa quando cantou Romaria, na fase dos shows ao vivo, e trocou abraço emocionado com o pai durante a apresentação.
Em termos de formato, houve poucas inovações em relação à versão adulta, mas o programa conseguiu se manter dentro das fronteiras infantis que se propôs. Alguns poucos miniadultos apareceram. Mas a grande maioria dos participantes, principalmente entre os finalistas, era criança no sentido mais completo da palavra. “Queríamos crianças vestidas como crianças, se comportando como crianças”, disse Ivete Sangalo, que repetiu essa frase em vários domingos. “Conduzimos até aqui para que eles sejam referências para outros ‘kids’”, completou.
Referência também foi a formação do corpo técnico. Carlinhos Brown emocionou pelo grau de envolvimento com os integrantes do seu time. Ivete Sangalo ‘foi Ivete Sangalo’, a cantora extremamente carismática que é, e se sentiu muito mais à vontade com a posição do que na primeira temporada do SuperStar, quando logo depois foi substituída por Sandy. Victor & Leo puderam mostrar, para além do público sertanejo, o carisma que faz deles uma das duplas mais famosas do Brasil.
O talento das crianças e a relação azeitada dos professores refletiram em bons números: os índices de audiência da faixa horária cresceram 45% em relação ao ano passado só em São Paulo. Segundo o Ibope, até o dia 20 de março, a média foi 16 pontos e 35 de participação.
A maior crítica, no entanto, vai para o sistema de votação que induz a paixões. Aberta durante toda a semana, os fãs dos finalistas puderam votar sem mesmo ver as últimas apresentações dos finalistas, que, pelo nervosismo de uma final e a longa duração do programa (foram mais de duas horas ao vivo), não fizeram do programa do último domingo o melhor da temporada. Mas não deixaram de mostrar que talentos mirins não faltam no País.