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quarta-feira, 27 de novembro de 2024
Crime

Cadu é morto com a própria arma artesanal

Assassino confesso do cartunista Glauco e condenado a 61 anos por latrocínio, o detento foi executado dentro do Complexo Prisional de Goiânia

Postado em 5 de abril de 2016 por Sheyla Sousa
Corpo de Cadu será velado e sepultado em São Paulo
Cadu foi morto na manhã de ontem (4) após se envolver em uma briga com outro detento no Núcleo de Custódia de Aparecida de Goiânia

Karla Araujo

Carlos Eduardo Sundfeld Nunes, conhecido como Cadu, 30, foi assassinado ontem (4) no pátio de banho de sol do Núcleo de Custódia do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia. O crime é investigado pelo Grupo de Investigação de Homicídios (GIH) da cidade. Ele foi condenado a 61 anos de prisão em agosto do ano passado por receptação, porte de arma de fogo e latrocínio cometido contra o estudante Matheus Pinheiro de Morais e o agente penitenciário Marcos Vinícius Lemes d’Abadia.

Cadu foi morto por volta das 10 horas após se envolver em uma briga com o detento Nilson Ferreira de Almeida, 48, que confessou o crime. De acordo com o titular do GIH, delegado Anderson Pimentel, os peritos encontraram um bilhete supostamente escrito por Cadu a outro detendo contando que planejava a briga com Nilson. Cadu teria fabricado um chucho (arma branca artesanal) com pedaços de ferro. 

Ainda segundo o delegado, Cadu tentou golpear Nilson com o chucho, mas perdeu a arma para o outro detento. Durante a briga, diz Pimentel, Cadu foi perfurado 20 vezes e morreu no local. “Nilson tem um machucado na mão que dá indício de legitima defesa. Porém, devido ao excesso de golpes, ele será indiciado por homicídio.”, explica o delegado. 

Além dos latrocínios pelos quais foi condenado, Cadu era assassino confesso do cartunista Glauco Vilas Boas e do filho dele, Raoni Vilas Boas. O crime aconteceu em Osasco, SP, em 2010. Ele foi internado em uma clínica psiquiátrica e um ano após a permissão para conviver em sociedade foi preso suspeito de outras duas mortes. 

Recorrência

Outros dois homens envolvidos em casos de grande repercussão morreram neste ano no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia. Mohammed d’Ali, 27, condenado por matar a inglesa Cara Marie Burke, em 2008, em Goiânia, foi encontrado morto em sua cela no início de fevereiro. A investigação concluiu que Mohammed cometeu suicídio por envenenamento, mas a polícia ainda espera o exame que dirá qual produto foi usado. 

O engenheiro agrônomo Antônio David dos Santos Filho, 40, suspeito de participação no homicídio da auxiliar de enfermagem, Deise Faria Ferreira, foi assassinado em uma cela da Central de Triagem do Complexo Prisional no início de março. De acordo com a Polícia Civil, ele foi espancado por outros presos, mas o processo ainda não foi concluído. 

 1º DP de Aparecida busca recapturar fugitivos

Apenas três dos 11 presos que fugiram do 1º Distrito Policial de Aparecida de Goiânia na madrugada de sexta-feira (1º) foram recapturados. Conforme a Polícia Civil, na noite anterior à fuga, uma pessoa ainda não identificada serrou parte das grades que dão acesso à carceragem. 

Ainda segundo a investigação, os servidores da delegacia estavam ocupados com a lavratura de quatro flagrantes no momento em que a fuga aconteceu. Outros 21 presos maiores e 11 adolescentes infratores também se preparavam para fugir, mas foram impedidos pelos policiais. 

Por nota, a Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária do Estado de Goiás (SSPGO) informou que a prioridade para transferência de detentos para o Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia é do 1º Distrito de Aparecida de Goiânia. 

  

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