Cirurgia Bariátrica cresce 21% em Goiás
A procura pela operação de redução de estômago tem aumentado no país. Segundo pesquisa feita pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), 93,5 mil pessoas passaram pelo procedimento para perder peso no último ano. No Estado de Goiás esse índice aumentou 21% de 2013 a 2015. De acordo com o presidente da SBCBM–GO, […]
A procura pela operação de redução de estômago tem aumentado no país. Segundo pesquisa feita pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), 93,5 mil pessoas passaram pelo procedimento para perder peso no último ano. No Estado de Goiás esse índice aumentou 21% de 2013 a 2015. De acordo com o presidente da SBCBM–GO, Leonardo Sebba, de 2014 para o ano passado, 11% fizeram a operação, uma média de 400 processos ao ano. Do início de 2016 até a última semana de março foram registradas 500 cirurgias. O presidente não soube responder sobre a apuração de óbitos no mesmo período.
Sebba diz que existem quatro tipos de procedimentos, Banda Gástrica e Doenal Switch. Entretanto, as mais usadas são Sleeve, que reduz o canal responsável pela estimulação do apetite, e a Bypass, que faz redução do estômago e desvio no intestino. Para a realização, é feita uma medida no Índice de Massa Corporal (IMC).
Se estiver acima de 35 e o paciente apresentar algumas comurbidades, como depressão, complicações no joelho, cansaço excessivo, apneia, problemas cardiovasculares e diabetes, por exemplo, a cirurgia é prescrita. Se o número mostrar 40, tendo doença ou não a pessoa é aconselhada a fazer uma avaliação.
Restrição
Para mulheres grávidas, o presidente não aconselha a operação. “O ideal é não fazer durante a gestação devido ao risco. Se a mesma engravidar depois de ter feito, deve procurar acompanhamento médico. Depois de um ano e meio da cirurgia, pode engravidar”, ressalta.
Custos
A operação sem o plano médico custa cerca R$30 mil reais. Todo o processo cirúrgico dura de 40min à 1h30, e o paciente fica dois dias internados sem poder se alimentar.
Em alguns casos, Sebba conta que há uma melhora no quadro de diabetes. “Não gostamos de falar em cura. 80% a 90% dos episódios que houve remissão e controle da diabetes, sem uso do remédio, induziu alguns profissionais a chamar de cura. Porém, o grau da doença é que vai dizer se curou ou não”, explica.
Após dois anos de cirurgia, o paciente é aconselhado a procurar um cirurgião plástico para fazer reparos estéticos.
Eu estou magra
A dona de casa, Keury Lobo, 37, conta que antes de passar pelo processo cirúrgico, dois anos e cinco meses atrás, ela pesava 120 quilos (kg). Hoje com a auto-estima lá em cima pesa 55 kg. “Eu não sou magra, eu estou magra depois de perder 65 quilos. A cirurgia não é um milagre. Tem que cuidar. Se como como antes, volto para os 120 Kg”, atenta. Para manter a forma, Keury faz exercícios físicos como musculação, caminhada e abdominais. (Elder Dorneles)
(Foto: Reprodução)