Percurso da maratona olímpica será testado no próximo domingo
Domingo, 10 de abril, é o dia em que será testado pela primeira vez o percurso de 42,195 km da maratona das Olimpíadas do Rio. Com apenas 16 atletas, a prova sequer entrou no calendário oficial de eventos-teste da Rio-2016. O comitê organizador, no entanto, considera-a de vital importância para colocar à prova o trajeto […]
Domingo, 10 de abril, é o dia em que será testado pela primeira vez o percurso de 42,195 km da maratona das Olimpíadas do Rio. Com apenas 16 atletas, a prova sequer entrou no calendário oficial de eventos-teste da Rio-2016. O comitê organizador, no entanto, considera-a de vital importância para colocar à prova o trajeto pensado especialmente para os Jogos, passando por vias da Zona Sul e da região central do Rio, muitas delas ainda em obras.
Diferentemente da Maratona do Rio, que vai do Recreio até o Aterro – e não serve para homologação de recordes, por ser uma prova ponta a ponta –, a maratona olímpica do Rio se concentrará no centro histórico.
De acordo com Agberto Guimarães, diretor executivo de esportes da Rio-2016, a escolha do trajeto se deu pelo desejo de exibir cartões postais mais afastados do eixo olímpico, como o Sambódromo, palco da largada e chegada da prova, e a Zona Portuária, alvo de investimentos significativos da prefeitura do Rio. “Faltava mostrar a parte histórica da cidade e a área revitalizada na zona portuária. É uma região que a gente quer divulgar, até pela questão turística”, disse Guimarães.
As inovações cariocas não são exatamente unanimidade entre especialistas no assunto. Eleonora Mendonça, primeira brasileira a disputar uma maratona olímpica (Los Angeles-1984) e organizadora da primeira edição da Maratona do Rio, em 1979, teme um público menor do que o esperado no Centro, já que as provas masculina e feminina nas Olimpíadas acontecem em um domingo.
“O calor do público é motivante para os corredores. Meu medo é que os atletas fiquem isolados”, alerta.
O temor não é compartilhado por Agberto. Devido à falta de proteção para o sol, ele vê chance de dispersão temporária do público principalmente na Avenida Presidente Vargas, onde será possível ver os atletas no início da prova e, duas horas depois, na reta final. Mas o calor, garante, não é problema.
“Carioca gosta de sol. Já viu gente se esconder do sol na praia? Não tenho dúvida de que as provas de rua vão estar lotadas”, aposta Agberto. “São os eventos mais democráticos. Além disso, é uma prova clássica, e a cidade do Rio gosta de corridas de rua”, disse.
Lauter Nogueira, treinador de maratonistas e comentarista de atletismo no canal Sportv, também não acredita que temperatura ou comparecimento do público sejam motivos de preocupação. Lauter acredita que, quanto mais sol, maiores as chances de os atletas da casa terminarem entre os dez primeiros: “Se o sol afetar, é bom para nós, brasileiros. São poucos os atletas no mundo que costumam ter boas performances nessas condições”, disse, (AG)