Da redação 

O Sindicato dos Docentes das Universidades Federais de Goiás
(Adufg) publicou uma nota contrária à recomendação do Ministério Público de
Goiás (MPF/GO), que determinou que não seja realizado e nem permitido, nas
dependências das universidades, atos de natureza político-partidária, contra ou
a favor do processo de impeachment de Dilma Rousseff.

Para o sindicato, houve pouca ‘isenção na compreensão
separatista’, pois o documento coloca os brasileiros como defensores do
impeachment, enquanto os contrários a ele são classificados como ‘grupos
adversos’. “Percebemos a Recomendação do MPF como um mandado de mordaça e um
grave risco à autonomia da Universidade, além de um indevido cerceamento da
liberdade de expressão de pensamento da comunidade universitária”, afirmou o
sindicato.

Em nota, o Adufg também destacou que a recomendação visa
impedir a discussão dos problemas do Brasil e que sequer durante o período de
Regime Militar uma universidade brasileira recebeu uma recomendação do tipo do
MPF. “Nem à época da vigência do odioso Decreto-Lei nº 477/1969 se chegou a
tanto”, disse.