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quarta-feira, 27 de novembro de 2024
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Cidades

Hemocentro de Goiás pede doações de plaquetas

A baixa quantidade de bolsas em estoque deixa em risco o tratamento de pessoas em mais de 80 unidades de saúde em Goiás atendida pelo Hemogo

Postado em 10 de abril de 2016 por Sheyla Sousa
Hemocentro de Goiás pede doações de plaquetas
A baixa quantidade de bolsas em estoque deixa em risco o tratamento de pessoas em mais de 80 unidades de saúde em Goiás atendida pelo Hemogo

Thiago Burigato

O Hemocentro de Goiás precisa de apoio para repor seu estoque de plaquetas e continuar a salvar vidas em todo o Estado. A baixa quantidade de bolsas em na unidade deixa em risco o tratamento das mais de 80 pessoas em Goiás atendidas pelo Hemogo.

As plaquetas são componentes do sangue essenciais para a coagulação. Quando ocorre a lesão de algum vaso ou órgão, as plaquetas se prendem ao local do ferimento, formando uma barreira que evita o sangramento. Sua falta pode facilitar a ocorrências de hemorragias, especialmente em pacientes cujo organismo já está enfraquecido pela quimioterapia, por exemplo.

Mas engana-se quem pensa que a doação de plaquetas beneficia apenas a pacientes que lutam contra a leucemia. Tratamentos contra outros tipos de câncer, transplante de medula óssea, cirurgias cardíacas, alguns casos de dengue e traumas também são situações que podem exigir a transfusão.

Para ser doador, é necessário que o interessado tenha boa saúde, pese mais de 50 quilos e tenha entre 16 e 69 anos (menores de idade precisam de autorização dos responsáveis). No momento da doação, é importante que a pessoa não esteja em jejum e que tenha doado sangue há, no mínimo, dois meses, no caso dos homens, e três meses, no caso das mulheres. Todas as restrições a doadores de sangue se aplicam também aos doadores de plaquetas.

Aférese

O diretor técnico do Hemogo, Divanilton Antunes Braga, explica que após toda doação de sangue, é feita a separação do material para coletar também as plaquetas. Nesses casos, porém, para cada bolsa de sangue, de aproximadamente 400 ml, são colhidos cerca de 20 ml de plaquetas.

“No caso da doação na máquina de aférese, uma pessoa doa o equivalente a dez doadores de sangue”, destaca. Neste aparelho, que utiliza um kit descartável, o sangue é retirado do paciente por uma punção na veia de um braço, centrifugado para a separação da plaqueta, e mandado de volta ao paciente pelo outro braço.

Há duas diferenças principais com relação à doação de sangue: a primeira, é o custo de cada kit descartável utilizado que é de cerca de R$ 1 mil. “Por isso é importante a entrevista e que a pessoa que vai doar já esteja com os exames prontos, ao contrário do que acontece com a doação de sangue, quando os exames são feitos após a coleta”, destaca o diretor.

A segunda questão é o tempo que dura a doação: cada sessão dura cerca de 2 horas. Nesse prazo, duas bolsas são colhidas de cada doador, cada uma delas podendo salvar uma vida. A reposição das plaquetas para quem doa é rápida, acontece dentro do prazo de 48 horas. No entanto, uma nova doação só pode ser feita após 72 horas, sem ultrapassar o limite de 24 doações em 12 meses. 

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