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sábado, 23 de novembro de 2024
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Impeachment

Diário da Câmara publica parecer de relator do impeachment

Relatório aponta crimes de responsabilidade a abertura de créditos suplementares sem autorização do Congresso Nacional

Postado em 13 de abril de 2016 por Redação
Diário da Câmara publica parecer de relator do impeachment
Relatório aponta crimes de responsabilidade a abertura de créditos suplementares sem autorização do Congresso Nacional

Com a publicação no Diário da Câmara dos Deputados hoje (13), começa a contar o prazo de 48 horas para que o parecer do deputado Jovair Arantes (PTB-GO), que pede a continuidade do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff, entre na pauta de votações.

A peça inteira do processo, desde a entrega do pedido até a votação do parecer na Câmara e leitura em plenário, somando mais de 10 mil páginas, está publicada na edição de hoje, a partir da página 3, do Diário da Câmara. A versão digitalizada ainda não está disponível no site camara.leg.br.

Ontem (12), o relatório, que aponta como crimes de responsabilidade a abertura de créditos suplementares sem autorização do Congresso Nacional e o adiamento de repasses para o custeio do Plano Safra, o que obrigou o Banco do Brasil a pagar benefícios com recursos próprios, foi lido por quase quatro horas pelo 1º secretário da Câmara dos Deputados, Beto Mansur (PRB-SP).

A partir da manhã da próxima sexta-feira (15) o texto começa a ser discutido pelos 513 deputados. Como a expectativa é de que os debates se estendam por mais de um dia, ontem, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), antecipou um calendário que segue até o domingo (17), com previsão de concluir a votação do impeachment até às 21h. Cunha ainda não decidiu sobre a ordem de chamada dos deputados para votação nominal do processo de admissibilidade, o que tem causado reações na base aliada, que teme que a escolha acabe colocando em primeiro lugar os favoráveis ao afastamento de Dilma.

Há sinalizações de que a decisão será anunciada nesta quarta-feira. Enquanto no caso do impeachment do ex-presidente Fernando Collor a chamada foi feita por ordem alfabética, Cunha entende que, neste momento, é preciso interpretar a regra do Regimento Interno, que – no parágrafo quarto do artigo 187 – disciplina o processo de votação. A tendência é que a chamada acabe sendo feita por região, começando pelos deputados do sul do país e terminando pelo norte e nordeste.

Calendário

A sessão de debates será aberta na sexta-feira (15) às 8h55. Os juristas Hélio Bicudo, Miguel Reale Jr. e Janaína Paschoal, autores do pedido que culminaram no processo, poderão falar por 25 minutos para explicar os argumentos, e, em seguida, a defesa de Dilma Rousseff, que pode ser feita pela própria petista ou por um procurador, terá o mesmo tempo para tentar derrubar as acusações. Ainda no dia 15, os líderes de partidos terão a palavra dentro da ordem de maior para menor bancada.

Uma nova sessão será aberta às 11 horas do sábado (16), para continuar as discussões sobre o texto que foi aprovado na comissão especial por 38 votos contra 27. Cada deputado terá três minutos para falar. No domingo (17), a partir das 14 horas, começa a sessão de votação do parecer que só deve terminar por volta das 21h, segundo estimativas do presidente da Câmara. Neste dia de conclusão dos trabalhos, Jovair Arantes fala sobre o relatório por 25 minutos e os líderes se manifestam em seguida.

No plenário, para aprovação ou rejeição do parecer são necessários 342 votos para qualquer que seja o lado, o que representa 2/3 dos 513 deputados. Se o resultado for favorável ao texto de Arantes, o processo segue para o Senado Federal julgar o processo de impeachment. Com menos de 342 votos, o pedido será arquivado. (Agência Brasil)

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