ONU faz lançamento aéreo de alimentos à cidade síria
Área é controlada pelo Estado Islâmico. PMA das Nações Unidas lançou 20 toneladas métricas de suprimentos para alimentar 2,5 mil pessoas por um mês
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Em um impulso aos esforços humanitários internacionais na Síria, o Programa Mundial de Alimentos (PMA) entregou no domingo (10) ajuda aérea para a população da cidade sitiada de Deir Ezzor, uma área controlada pelo Estado Islâmico.
A assistência alimentar do PMA atingiu partes isoladas da cidade pela primeira vez desde março de 2014. Um total de 20 toneladas métricas de suprimentos alimentares de urgência – principalmente feijão, grão-de-bico e arroz, suficientes para alimentar 2,5 mil pessoas por um mês – foram lançadas pelo ar por uma aeronave do programa, disse a agência em comunicado à imprensa.
Entre os 26 paletes carregados com comida e presos a paraquedas, 22 foram recolhidos pelo Crescente Vermelho Árabe Sírio, parceiro do PMA na cidade. A agência da ONU está trabalhando agora para descobrir o que ocorreu com os outros quatro paletes. Mais de 200 mil pessoas estão sitiadas em Deir Ezzor desde março de 2014 e precisam de assistência humanitária urgente.
O PMA está trabalhando com parceiros em terra na organização da distribuição de alimentos, que deve ocorrer imediatamente depois da entrega. Mais ajuda aérea está prevista para os próximos dias com o objetivo de atender as necessidades humanitárias e de alimentos da população sitiada.
A aeronave partiu do aeroporto de Marka, na Jordânia. As entregas aéreas são sempre o último recurso, já que o acesso por terra é mais fácil, menos custoso e mais eficiente para entregar comida, disse a agência.
Em 24 de fevereiro, o PMA realizou sua primeira entrega aérea de suprimentos, lançando 21 toneladas de alimentos em Deir Ezzor. Mas problemas técnicos fizeram com que alguns dos paletes não fossem derrubados nas regiões-alvo e alguns foram danificados, já que os paraquedas não funcionaram propriamente.
Na Síria, o PMA fornece alimentos a mais de 4 milhões de pessoas todos os meses. A agência da ONU disse estar seriamente preocupada com o sofrimento de todos os sírios que vivem em áreas de difícil acesso em meio ao conflito que afeta o país.