Edivaldo Barbosa

No primeiro clássico pela semifinal do Campeonato Goiano,
Vila Nova e Goiás empataram por 1 a 1, ontem à noite, no Serra Dourada. Apesar
de o alviverde ter feito melhor campanha na primeira fase do Goianão, não leva
vantagem no confronto da volta. Com isso, quem vencer o duelo estará
classificado para decidir o título do Goianão, no próximo domingo. Novo empate,
levará decisão para a cobrança de pênalti.

O zagueiro Anderson, que foi substituído no intervalo por
conta de uma contusão, abriu o placar para o Vila Nova. Ainda no final do
primeiro tempo, Raphael Lucas, de pênalti, empatou o clássico. No final do
jogo, o presidente do Vila reclamou que a arbitragem errou na marcação na
penalidade.

O clássico

Ao contrário dos dois primeiros clássicos disputados pelos
rivais este ano, o duelo de ontem à noite foi bem movimentado, principalmente
no primeiro tempo. O jogo teve muita velocidade e poucos erros de passes, o que
demonstrou que a técnica superou a marcação. O Vila, mas coeso e objetivo na
marcação, soube aproveitar os espaços deixados em campo pelo alviverde.

Depois de rondar a área defendida pelo goleiro Renan, o Vila
chegou com perigo aos 17 minutos, quando Robston recuperou a bola após erro do
volante Ramires. O atacante Frontini, livre de marcação, desperdiçou a
oportunidade. O alvirrubro insistia na ofensiva, enquanto o time esmeraldino
preocupava-se com a marcação na ânsia de surpreender o rival em jogadas de
contra-ataques.

Depois de muito insistir, a equipe vilanovense abriu o
placar. Aos 29 minutos, escanteio para o Vila. O meia Zotti cobrou na área e o
zagueiro Anderson cabeceou certeiro, para abrir o placar no Serra Dourada –
Vila 1 a 0. No lance, o defensor vilanovense acabou se machucando. Com o placar
adverso, o alviverde decidiu jogar mais avançado. A iniciativa foi positiva.
Aos 44, o zagueiro Douglas Assis, que atuava improvisado na lateral-direita,
deu carrinho em Wagner dentro da área: pênalti. O atacante Raphael Lucas cobrou
e empatou o clássico no Serra Dourada.

A exemplo do primeiro tempo, o Vila começou a etapa final
com mais objetividade. O Goiás encontrava dificuldade em superar a marcação do
rival. Aos 9, Robston bateu falta. O goleiro Renan espalmou e Roger, livre de
marcação, desperdiçou ao chutar para fora, desperdiçando uma boa oportunidade
para o alvirrubro.

O alviverde explorava as jogadas pelos lados do campo,
principalmente com Carlos Eduardo, que era bem marcado por Dudu. O meia jogou a
etapa final improvisado na lateral-direita, já que Douglas Assis foi para o
miolo de zaga no lugar de Anderson – foi substituído no intervalo por conta de
contusão.

Recuado, o alviverde pouco atacou o time alvirrubro. No
final do jogo, o presidente Gutemberg Veronez, o Guto, reclamou do pênalti
marcado pela arbitragem em favor do Goiás. “Foi um pênalti Mandrake”, definiu.
“Foi fazer uma representação (na Federação Goiana de Futebol) contra a
arbitragem”, disse.

Ficha técnica

Jogo: Vila Nova 1 x 1 Goiás. Local: Estádio Serra Dourada,
em Goiânia. Árbitro: Bruno Rezende. Assistentes: Bruno Pires e Christian
Passos. Vila Nova: Wagner Bueno; Douglas Assis, Reginaldo, Anderson (Luiz
Fernando) e Marinho Donizete; Victor Bolt, Robston, Zotti (Wendell Lira), Roger
e Dudu; Frontini (Lausen). Técnico: Rogério Mancini. Goiás: Renan; Jonhathan,
David, Anderson Salles e Juninho; Patrick, Ramires, David (John Clay) e Wagner;
Carlos Eduardo (Cassiano) e Rafhael Lucas. Técnico: Enderson Moreira. Gols:
Anderson, aos 29, e Raphael Lucas (pênalti), aos 46, do primeiro tempo. Renda:
R$ 209.045,00.  Público pagante: 11.426
(12.752 presentes) 

Imagem/Marcos Souza