‘Sou feliz por natureza’
A apresentadora Adriane Galisteu esteve em Goiânia para a inauguração de uma loja de sapatos e falou com a imprensa: “O jeito de você sair dos problemas é que te faz diferente de outras pessoas”
FLÁVIA POPOV
‘Meu nome é Adriane Galisteu, eu tenho 21 anos e sou modelo. Eu sou? Eu era? Vou continuar sendo? Só o futuro poderá saber. Eu nasci e fui criada na Lapa, bairro de classe média baixa em São Paulo, estudei em escola pública e fiz magistério (para agradar minha mãe, não por vocação). Tenho uma mãe, um irmão casado, um adorado avô materno com 80 anos, um Fiat Uno 1993 e uma história que eu gostaria de contar. Para quem conhece minha vida, tudo o que acabei de escrever era só o que eu realmente tinha em 1994… De lá ‘pra’ cá tanta coisa aconteceu que eu seria capaz de escrever um livro…”. O texto integra o‘Perfil’ da página de Adriane Galisteu que, apesar de se achar uma “ariana cri-cri”, é fonte de inspiração para muitas mulheres – principalmente de sua faixa etária. Sobre este e outros assuntos, Adriane conversou com o Essência, quando esteve em Goiânia para a inauguração da Salt, loja de sapatos e acessórios femininos, no Flamboyant Shopping.
Entrevista/Adriane Galisteu
No Perfil, em sua página, você diz: “Aprendemos com os momentos mais complicados e tristes do que com a felicidade…”. Você já curou as feridas do passado?
A resposta a esta pergunta é um pouco profunda, mas meu histórico está aí para todo mundo ver: é óbvio que eu tive muito sofrimento. A vida das pessoas não é um mar de rosas, porém a gente tem obrigação de fazer com que a nossa vida fique boa – porque senão não faz nenhum sentindo. Então acho que esta é uma questão de resiliência, de verdade, de fé, de muito trabalho, de gostar da vida – a vida é um grande presente! E ninguém está livre dos sofrimentos, das coisas que não são boas. Essas coisas (tristeza, sofrimento) acontecem na vida de todo mundo. O jeito de você sair dos problemas é que te faz diferente de outras pessoas.
“Morro de medo das puxadas de tapete que a vida dá…”. Você disse esta frase com base em quê? Este medo ainda persiste?
Essa é uma verdade de acordo com a minha história. A vida faz com que você, de um jeito ou de outo, tema a vida. Eu sou uma mulher responsável: tenho filho, tenho família… e morro de medo do que a vida é capaz de fazer com alguém!
Você é uma profissional completa: uma mulher bonita, que é modelo, atriz (já atuou em TV, teatro e cinema), já escreveu um livro e, agora, mostra seus dotes culinários no programa do seu marido (Alexandre Iódice). Você almeja algo mais?
Eu adoro participar do programa do meu marido, o Papo de Cozinha (Discovery Home and Health)! Vai ter provavelmente a segunda temporada. Hoje, eu tenho o meu canal no Youtube, o Galisteu Sem Filtro – até quero convidar as pessoas a se inscreverem: quem não conhece, por favor, conheça! Você vai se divertir! Sobe um programa novo toda quarta-feira às 17h. Este é o meu trabalho atual. Também tenho o meu site – wwww.adrianegaliesteu.com.br. Todos os dias, eu escolho um assunto para abordar: na segunda, eu falo sobre ginástica, dieta, bem-estar; na terça, sobre restaurantes, comidinhas; na quarta, falo sobre beleza; quinta é dia de moda; na sexta, de lifestyle e, no sábado, eu falo para as crianças.
Qual programa te marcou mais na TV aberta? Você sente falta deles? Pretende voltar? Há algum projeto?
Eu sinto falta da TV sim! E sinto que a minha hora vai chegar! Eu vou voltar, mas não de qualquer jeito… para fazer qualquer coisa… Para que eu volte, preciso de um projeto. Dos que me marcaram, cito dois, que mais têm a ver com a minha alma: o Charme, no SBT, que foi bem divertido, e o É Show, na Record.
Em sua opinião, a TV aberta está perdendo espaço para as redes sociais? Ou o público jamais vai se cansar da TV?
A minha opinião é que existe espaço para todo mundo. Em um dia, a televisão chegou, e o rádio teve de se adequar. Agora, as mídias sociais chegaram, e a televisão está tendo de se adequar. Porém tudo vai continuar. Acho que vai haver cada vez mais opções e espaços para as pessoas.
Fale um pouco sobre uma de suas paixões, os sapatos.
Sapato é uma coisa que a mulher não se contenta em ter um só – assim como bolsa, e por isso eu tenho mania de bolsas, também, e eu sei o quanto a gente quer ter sempre mais! Acessório é uma coisa que, para a mulher, faz toda a diferença. Às vezes você está com uma roupa mais ou menos, mas está com um belíssimo sapato. Eu, por exemplo, sou uma mulher que repara em sapatos; gosto muito. Tenho ‘milhares’ – no sentido de falar, é claro (risos)! Tenho alguns, e ainda acho que faltam muitos!