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quarta-feira, 28 de agosto de 2024
Cidades

Trânsito cada vez mais travado para sair de Goiânia

Órgãos responsáveis pelo perímetro urbano de rodovias informam que não há medida a curto prazo para solucionar problemas

Postado em 11 de maio de 2016 por Sheyla Sousa
Trânsito cada vez mais travado para sair de Goiânia
Órgãos responsáveis pelo perímetro urbano de rodovias informam que não há medida a curto prazo para solucionar problemas

Karla Araujo

O motorista que passa pela Avenida Pedro Ludovico, entre a Vila Canaã e o Parque Oeste Industrial, está acostumado com o trânsito travado entre as 7h e 8h30 e 17h30 e 18h30. A via dá acesso a BR 060, saída para Rio Verde. O problema se repete também em outras vias, como na Avenida Contorno, no Conjunto Anhanguera. Condutores que desejam acessar a BR-153 no sentido Anápolis ou São Paulo, que vieram da região do Setor Parque Atheneu, precisam passar pela rotatória, o que gera congestionamento. O transtorno é o mesmo para sair de Goiânia em direção a Inhumas e Trindade, na GO 070.

O vendedor Pedro Henrique Amorim Silva, 28, passa pela rotatória da Avenida Contorno duas vezes por dia em horários de pico, às 7h30 e às 18h30. Pedro conta que já tentou pegar desvios, mas o perímetro a ser percorrido é maior e também há congestionamento no percurso. 

João Costa Filho, 33, é proprietário de uma borracharia localizada na Avenida Pedro Ludovico, próximo ao cruzamento com a Alameda Câmara Filho. Ele conta que entre 6h30 e 8h30, o trânsito no sentido Goiânia fica completamente parado, pois a grande quantidade de carros não flui com rapidez pela rotatória. 

O doutor em engenharia de transportes pela Universidade de São Paulo (USP) e professor do curso de Engenharia Civil da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO), Benjamin Jorge Rodrigues dos Santos, não acredita que as rotatórias sejam empecilho para o trafego. “Falta planejar melhor. O poder público precisa começar agora ações que terão efeito em cinco ou dez anos”, aconselha o especialista. 

Soluções

Para Santos, a saída para desafogar o trânsito nas saídas de Goiânia e também dentro da cidade é o investimento em transporte público. “O ideal seria que todos os municípios próximos a Goiânia estivessem ligados por linhas de trens e ônibus de qualidade”, reitera o professor. 

No caso do perímetro urbano da BR-153, por exemplo, a obra de desvio de 42 quilômetros, anunciada no ano passado pelo ministro dos Transportes, Antônio Carlos Rodrigues, é avaliada pelo especialista como de extrema importância. De acordo com a Triunfo Concebra, concessionária responsável pela administração de parte da BR-153, a intervenção ainda não começou devido ao impasse burocrático entre instituições públicas (estadual e federal), quanto ao consentimento de licença ambiental. 

 Dnit não tem planos para atender a região

O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) é responsável pelo trecho citado da Avenida Pedro Ludovico. Por nota, a autarquia informou que não possui contrato ativo e por isso não pode atender às demandas atuais, mas garantiu que as reclamações serão averiguadas. 

Já a saída para Inhumas e Trindade, GO 060, é responsabilidade da Agência Goiana de Transportes e Obras (Agetop). Também por nota, o órgão informou que não existe solução paliativa para resolver o problema de congestionamento na saída para a GO-070. A alternativa para é a construção de um viaduto no local. 

No caso da rotatória da Avenida Contorno, a Secretaria Municipal de Trânsito Transporte e Mobilidade (SMT) informou que o trânsito no local é responsabilidade do Dnit. Por sua vez, a autarquia informou que a BR-153 está concedida, e intervenções no local são obrigação da Triunfo Concebra. A empresa informou que o trecho é atribuição do município.  

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