Governo cria Rede Nacional de Especialistas em Zika
Caberá aos integrantes da rede promover a integração das atividades de vigilância, prevenção e atenção à saúde
Portaria do Ministério da Saúde publicada nesta segunda-feira (23) no Diário Oficial da União institui a Rede Nacional de Especialistas em Zika e doenças correlatas (Renezika). De acordo com o texto, os principais objetivos são repassar à pasta informações de pesquisas relacionadas ao vírus, contribuir para a formulação e o aperfeiçoamento de protocolos, além de desenvolver estudos sobre o vírus e doenças correlatas.
A publicação destaca que a rede será formada por uma Secretaria Executiva e por membros especialistas no assunto. Os representantes, titulares e suplentes, segundo o texto, devem ser indicados no prazo de 20 dias.
“A Secretaria Executiva da Renezika poderá convidar para integrar a rede entidades ou pessoas do setor público e privado, que atuem profissionalmente em atividades relacionadas à matéria, sempre que entenda necessária a colaboração para o pleno alcance dos seus objetivos”, informa a portaria.
Segundo o texto, caberá aos integrantes da rede promover a integração das atividades de vigilância, prevenção e atenção à saúde, contribuir na produção de análises epidemiológicas e desenvolvimento de projetos de pesquisa prioritários para o SUS, além de assessorar o Ministério da Saúde na priorização de temas de pesquisa para a realização de chamadas públicas, bem como na avaliação de projetos de pesquisa.
Zika no Brasil
O primeiro caso de zika no Brasil foi anunciado no dia 7 de maio. O reconhecimento oficial das autoridades de saúde brasileiras, no entanto, foi feito apenas no dia 14, após o Instituto Evandro Chagas, uma das entidades de referência na área, ter analisado as amostras e confirmado o resultado. A doença, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti e inicialmente tida como uma enfermidade leve, foi tratada como emergência internacional meses mais tarde diante das primeiras evidências de sua ligação com o aumento de casos de microcefalia no país.
Foto: Rafael Neddermeyer/ Fotos Públicas (14/05/2015)