Banco de Sangue Pet precisa de doadores
As médicas veterinárias alertam para a necessidade de novos doadores de sangue no primeiro banco completo da Capital goiana
Elisama Ximenes
Luna, Meg, Zara e Chiminga são alguns dos nomes dos pets doadores de sangue em Goiânia. O Banco de Sangue Pet existe há um ano e é o primeiro banco completo da Capital. Atualmente, a instituição conta com 50 doadores regulares – entre cães e gatos. No entanto a quantidade ainda não é suficiente para a demanda que recebem. A médica veterinária Ana Cristina Alves dos Santos, responsável pela instituição, supõe que a falta de doadores seja em razão do desconhecimento da população e dos criadores dos animais.
A veterinária Luana Pureza também é sócia do estabelecimento e explica que a equipe tem feito divulgação do banco, mas que os resultados ainda não são suficientes. “Nós fazemos divulgação no Facebook, em outras redes sociais, vamos em parques e também temos parceria com canis”, detalha. O banco é sediado em Goiânia, mas também atende na cidade de Anápolis e em Brasília. Dentre os 50 doadores, 40 são cães e dez são gatos.
Para ser um cão doador, o pet precisa ter entre 1 e 8 anos de idade e pesar mais de 25 quilos. Com isso, os cachorros conseguem doar 450 ml de sangue a cada três meses. No caso dos gatos, a idade exigida não muda, mas a massa corporal passa a ser, no mínimo, 4 quilos. Dessa forma, os felinos doam 60 ml, também, a cada três meses. Além disso, os pets não podem ter recebido transfusões sanguíneas antes; devem estar devidamente vermifugados e vacinados; não podem possuir infestações de pulgas ou carrapatos e devem ter, preferencialmente, temperamento dócil.
“A maior dificuldade que a gente encontra na hora de selecionar os doadores é com relação às doenças infectocontagiosas. Na nossa região, é bem difícil encontrar animais que não tenham infestação de pulgas ou carrapato”, explica Luana. Os pets também passam por exames para detectar se têm doenças infectocontagiosas e são monitorados dentro de um programa de medicina veterinária preventiva.
A doação é voluntária, mas os pets recebem, como agradecimento, todas as vacinas anuais e exames regulares. No dia da retirada do sangue, as médicas recomendam apenas que os pets não façam atividades físicas intensas. Fora isso, Ana Cristina garante que a doação não oferece riscos à saúde do animal. O objetivo da empresa, segundo as sócias, é auxiliar os clínicos a salvar cada vez mais vidas que precisam de produtos e subprodutos sanguíneos.
As principais demandas do Banco de Sangue Pet incluem doença do carrapato (hemoparasitose), insuficiência renal e câncer. Além disso, a empresa também volta as doações para animais que sofreram algum acidente. Dentre os serviços oferecidos, estão o sangue fresco total, concentrado de hemácias; plasma fresco congelado, concentrado de plaquetas; teste de compatibilidade; tipagem sanguínea e realização de transfusão.
As médicas veterinárias se dedicam, também, à hemoterapia. Trata-se de um procedimento emergencial que auxilia no tratamento de doenças graves. A terapia utiliza o sangue total e seus componentes. A transfusão corrige, temporariamente, um distúrbio hematológico severo. O site oficial do Banco de Sangue Pet oferece todas as informações sobre as possíveis reações às transfusões. Os donos e criadores de pets, que precisam de sangue, têm acesso ao banco por meio, também, da indicação de clínicas que conhecem o trabalho de Luana Pureza e Ana Cristina Alves.
“Vimos a demanda de sangue aumentar, a cada dia, e muitas vidas sendo perdidas devido à falta ou deficiência de produtos e subprodutos sanguíneos”, conta Ana Cristina, sobre o motivo para criar a empresa. Segundo ela, a receptividade dos colegas tem sido satisfatória, mas o banco, que fica no Jardim América, ainda precisa de doadores para que toda a demanda consiga ser atendida.
SERVIÇO
Banco de Sangue Pet
Endereço: Rua C 118, Qd. 241, Lt. 01, Jardim América, Goiânia
Contatos: (62) 3637-7771 / (62) 9422-5009 / (62) 8101-5586 / (62) 9913-4692 / (62) 8583-7916