Adiada votação de projeto que regulamenta o Uber em Goiânia
Proposta retornou à Comissão do Trabalho e Servidores Públicos (CTSP) da Câmara de Vereadores de Goiânia
MARDEM COSTA JR.
A novela envolvendo a regulamentação do Uber parece não ter fim. A segunda e última votação do projeto de lei que regulamenta o uso de aplicativos de transporte remunerado de passageiros na Capital, programada para ontem, foi adiada e a proposta retornou à Comissão do Trabalho e Servidores Públicos (CTSP) da Câmara de Vereadores de Goiânia.
Oficialmente a alegação é de houve um conflito na redação de duas emendas feitas pelos vereadores. Uma delas, por sua vez, previa que apenas permissionários poderiam trabalhar com a nova modalidade, o que poderia inviabilizar o serviço. Nos bastidores, porém, a informação é de pesou a má repercussão do formato proposto junto à população.
Os taxistas lotaram a galeria e, espremidos entre eles, alguns defensores do Uber. O clima ficou acirrado quando Juliano Parra, motorista do aplicativo há dois anos, subiu à tribuna. Os permissionários também ficaram indignados com o adiamento e alguns mais exaltados sugeriram uma possível negociação entre parlamentares e a empresa detentora do serviço.
LEGALIDADE
Parra criticou a intolerância e falta de bom senso por parte dos taxistas. “Eles são detentores de um monopólio e querem impedir a concorrência de um serviço melhor que o deles. Nós queremos a regulamentação, para que possamos trabalhar legalmente, sem nada perder”, afirma.
A necessidade de regulamentação também foi defendida pelo presidente do Sindicato dos Taxistas de Goiânia (Sindtaxi), Silone Antônio dos Santos, que rejeita o argumento de que eles defendem a manutenção de um monopólio. “A concorrência é saudável, desde que regulamentada. É desleal e desumana que nós paguemos os impostos e os motoristas do Uber, não.