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sábado, 23 de novembro de 2024
Cuidados caninos

Muita calma nessa hora

O estresse causado pelo medo do barulho das festas juninas pode ser prejudicial à imunidade dos cães. Saiba como protegê-los

Postado em 9 de junho de 2016 por Sheyla Sousa
Muita calma nessa hora
O estresse causado pelo medo do barulho das festas juninas pode ser prejudicial à imunidade dos cães. Saiba como protegê-los

Elisama Ximenes

É época de festa junina e a primeira coisa que vem à cabeça é o tanto de comida gostosa e caseira disponível. Festa também é sinônimo de muita agitação e barulho – e muitos precisam disso para animar. Mas os barulhos produzidos por essa agitação não agradam os cães. Os foguetes são os maiores vilões das noites para os bichos. Além de perigosos para a segurança pública, os foguetes também são inimigos da audição, da tranquilidade dos pets. Eles ficam assustados, e o medo os deixa muito estressados. Para os donos dos pets, essa é uma preocupação a mais nesta época.

A casa de Luciana Cordeiro foi escolhida para receber a festa da igreja neste ano. A organização do evento tem mobilizado toda a casa, mas uma das integrantes da família não está gostando muito da ideia. Estamos falando da vira-lata Pandora. Luciana conta que já arrumou uma estratégia para proteger a cachorrinha. “Eu já fiz o teste: é só eu deixá-la dentro de casa, porque, assim, o barulho de fora não chega e não a deixa tão assustada”, conta. A goiana já teve outro cão, chamado Bethoven, que também sofria muito com os barulhos e, com o tempo, foi descobrindo um jeito de diminuir a tristeza do cão. “O bichinho passava o dia inteiro triste, não gostava mesmo dos barulhos”, declara.

O médico veterinário Wanderson Ferreira informa que podem ser tomadas outras medidas preventivas – além do isolamento do pet. Um tempo antes das festas começarem, os donos dos animais podem começar a dar calmantes naturais para os bichos. “A camomila está entre as opções”, informa o veterinário. Além dela, Wanderson também recomenda a passiflora. Caso você não tenha ligado ‘o nome à pessoa’, o maracujá é o fruto gerado por essa planta.

Wanderson também alerta que, além das medidas mais imediatas, os donos podem investir na educação do animal para que se acostumem e consigam lidar com o barulho. No caso de Luciana, que já está com festa marcada, não dará tempo de educar Pandora. Também não haverá tempo o suficiente para que as plantas, como a camomila e a passiflora, surtam efeito na cadela. Na possibilidade de o isolamento não ser o suficiente, o médico também indica levar o pet para um veterinário, que irá tomar as medidas corretas para acalmar o animal e terá efeito rápido. 

O medo causado no pet pode ter consequências para a saúde deles. Isso porque, segundo o veterinário, se o animal ficar em um nível de estresse muito alto, a imunidade cai e, como consequência, os cães podem adquirir, facilmente, outras doenças. Por isso todo cuidado é pouco. Em caso de não ter mais o que fazer e o local de isolamento não deixar o animal mais calmo, o médico diz que usar tampões pode ser uma ideia – mas como última alternativa. Já Luciana garante que Pandora estará muito bem protegida dentro de sua casa. “Ela é bem hiperativa, mas vai dar tudo certo”, finaliza. 

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